Lançamento da Meta Nacional para a Igualdade de Género
A Global Compact Network Portugal, no âmbito do programa acelerador Target Gender Equality, lançou a META NACIONAL PARA A IGUALDADE DE GÉNERO, desafiando as empresas portuguesas a alcançar 40% de Mulheres em Cargos de Decisão até 2030 [Conselho de Administração, Comissão Executiva e Direções de 1.ª Linha].
A iniciativa, ancorada no ODS 5 – Igualdade de Género da Agenda 2030 da ONU, conta com o apoio da Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, a par da CIG - Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, da CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e da APEE - Associação Portuguesa de Ética Empresarial.
A Cerimónia Pública da Meta Nacional para a Igualdade de Género decorreu no passado dia 30 de novembro, em Lisboa, com a participação de Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, as Entidades Parceiras e as Empresas Bandeira que, tendo assumido este importante compromisso, lideram um movimento que se pretende transversal a todo o tecido empresarial português a partir deste momento.
Através da Meta Nacional para a Igualdade de Género amplificaremos o empenho das empresas neste domínio, consubstanciando o contributo de Portugal para um objetivo que é de todos: "Transformar o nosso mundo”, no quadro da Agenda 2030 da ONU.
Mário Parra da Silva, Presidente da Global Compact Network Portugal, e Rosa Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, assinalaram o lançamento da Meta Nacional para a Igualdade de Género, apelando a uma imperiosa "transformação organizacional".
As organizações são, hoje, a grande forma de estruturar o trabalho humano. A Organização é uma realidade desde que o ser humano começou a compreender que tinha mais sucesso e sobrevivência quando constituía um grupo que se ordenava para um certo propósito, gerando especialização e liderança. Só recentemente a organização começou a ser vista como “entidade” e não apenas como circunstância, e apenas nas últimas dezenas de anos se separou a doutrina de gestão - ligada aos recursos, da doutrina de governação – ligada às pessoas. Ainda estamos a aprender a “governar” as organizações, mas já sabemos que terão de ser “entes sociais” e não “corpos estranhos”.
Como parte da Sociedade, a organização deve refletir e ecoar o que é a realidade. Ainda mais se a organização se destina a gerar valor social e económico. Por isso, parece evidente que a organização será mais bem-sucedida se procurar que esteja presente, no seu processo de decisões, a igualdade e a diversidade que verifica na sua envolvente.
Assim, é razoável admitir que um preconceito que leve à limitação das mulheres nos cargos de direção e gestão de topo é, por si só, uma séria limitação ao bom funcionamento de uma organização e à sua sobrevivência continuada. O inverso será até um fator de competitividade, atenta a lentidão com que esse processo decorre noutras geografias e os obstáculos que enfrenta.
Sendo a Igualdade de Género uma questão de Direitos Humanos e um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, seria de pensar que já pouco faltará para podermos passar à indiferença sobre esta matéria, por conquistada. Mas não, porque velhas práticas e obsoletas convicções estão ainda presentes na cultura disseminada.
Assim, é necessário propor novos desafios e estabelecer novas metas. É o caso da Meta Nacional para a Igualdade de Género.
A Global Compact Network Portugal propõe, como etapa para a paridade, o desafio de 40% de participação feminina nos níveis superiores de decisão por estar convencida que é mais um passo na modernização da economia portuguesa e das suas organizações.
Meta Nacional para a Igualdade de Género | Empresas Bandeira
A Altice Portugal é uma das Empresas Bandeira da Meta Nacional, integrando um grupo restrito de organizações que assumiu, desde o primeiro momento, o importante compromisso de alcançar 40% de Mulheres em Cargos de Decisão até 2030.