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20º Aniversário - UN Global Compact Leaders Summit 2020

Este é o ano em que o United Nations Global Compact comemora 20 Anos.

Um marco importante na história de uma iniciativa que nasceu pelas mãos de Kofi Annan e que desempenha hoje um papel fundamental na mobilização de empresas e organizações em todo o mundo em prol da sustentabilidade.

Num ano em que os desafios globais são, ainda mais, exigentes, o UN Global Compact Leaders Summit reuniu, nos dias 15 e 16 de junho, as principais vozes de Empresas, Governos, Sociedade Civil e ONU para debater a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva sob o lema “Recover Better, Recover Stronger, Recover Together”.

A Cimeira, que iniciou com as intervenções de António Guterres, Secretário-geral da ONU, e Lise Kingo, CEO & Executive Director do United Nations Global Compact, contou com a participação de Al Gore, 45.º Vice-Presidente dos Estados Unidos da América e Fundador do The Climate Reality Project, Ban Ki-Moon, Ex-Secretário-geral da ONU, e CEOs de diversas multinacionais.

O Leaders Summit 2020, decorreu pela primeira vez em formato online, envolvendo todas as Redes Locais e os seus stakeholders em todos os fusos horários. Tratou-se de uma ambiciosa operação ao nível mundial que contou, também, com uma sessão promovida pela Global Compact Network Portugal dedicada ao tema “Clean Energy & Sustainable Oceans: A Path Towards the Future”.

A sessão, da responsabilidade de Rede Portuguesa, iniciou com a mensagem de boas vindas de Mário Parra da Silva, Presidente da Rede Portuguesa do UN Global Compact, à qual se seguiu a intervenção de Alexander Farsan, do Seetering Committee da The Science Based Targets initiative.

O primeiro painel debateu a "Clean Energy" e contou com a intervenção de Clara Costa, Executive Board Member da Auchan Retail Portugal, de José Sardinha, Vice-Presidente do Grupo Águas de Portugal, de Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, tendo o mesmo sido moderado por Pedro Faria, Strategic Advisor da CDP.

O segundo painel, dedicado ao "Sustainable Ocean" e moderado por Gonçalo Mota, Head of Unit do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, contou com a intervenção de António Nogueira-Leite, Presidente do Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar, Daniel Traça, Dean da Nova SBE, Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon e Erik Giercksky, Head of Sustainable Ocean Business do UN Global Compact.

A sessão foi encerrada por Anabela Vaz Ribeiro, Executive Director da Global Compact Network Portugal.
 
#UnitingBusiness #LeadersSummit

20º Aniversário - UN Global Compact Leaders Summit 2020

Este é o ano em que o United Nations Global Compact comemora 20 Anos.

Um marco importante na história de uma iniciativa que nasceu pelas mãos de Kofi Annan e que desempenha hoje um papel fundamental na mobilização de empresas e organizações em todo o mundo em prol da sustentabilidade.

Num ano em que os desafios globais são, ainda mais, exigentes, o UN Global Compact Leaders Summit reuniu, nos dias 15 e 16 de junho, as principais vozes de Empresas, Governos, Sociedade Civil e ONU para debater a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva sob o lema “Recover Better, Recover Stronger, Recover Together”.

A Cimeira, que iniciou com as intervenções de António Guterres, Secretário-geral da ONU, e Lise Kingo, CEO & Executive Director do United Nations Global Compact, contou com a participação de Al Gore, 45.º Vice-Presidente dos Estados Unidos da América e Fundador do The Climate Reality Project, Ban Ki-Moon, Ex-Secretário-geral da ONU, e CEOs de diversas multinacionais.

O Leaders Summit 2020, decorreu pela primeira vez em formato online, envolvendo todas as Redes Locais e os seus stakeholders em todos os fusos horários. Tratou-se de uma ambiciosa operação ao nível mundial que contou, também, com uma sessão promovida pela Global Compact Network Portugal dedicada ao tema “Clean Energy & Sustainable Oceans: A Path Towards the Future”.

A sessão, da responsabilidade de Rede Portuguesa, iniciou com a mensagem de boas vindas de Mário Parra da Silva, Presidente da Rede Portuguesa do UN Global Compact, à qual se seguiu a intervenção de Alexander Farsan, do Seetering Committee da The Science Based Targets initiative.

O primeiro painel debateu a "Clean Energy" e contou com a intervenção de Clara Costa, Executive Board Member da Auchan Retail Portugal, de José Sardinha, Vice-Presidente do Grupo Águas de Portugal, de Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, tendo o mesmo sido moderado por Pedro Faria, Strategic Advisor da CDP.

O segundo painel, dedicado ao "Sustainable Ocean" e moderado por Gonçalo Mota, Head of Unit do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, contou com a intervenção de António Nogueira-Leite, Presidente do Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar, Daniel Traça, Dean da Nova SBE, Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon e Erik Giercksky, Head of Sustainable Ocean Business do UN Global Compact.

A sessão foi encerrada por Anabela Vaz Ribeiro, Executive Director da Global Compact Network Portugal.
 
#UnitingBusiness #LeadersSummit

A Universidade de Coimbra coorganiza sessão na SRS 2020-2030 | A Década da Sustentabilidade

No ano em que iniciamos a "Década da Ação", tal como António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, a definiu no passado mês de janeiro, a Global Compact Network Portugal em parceria com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial [APEE] promovem a 15.ª Edição da Semana da Responsabilidade Social [SRS]. A pandemia da COVID-19 trouxe um conjunto de desafios económicos, sociais e ambientais, exigindo uma ação redobrada em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Por esse motivo, inicia-se também, em 2020, a Década da Sustentabilidade, sendo este o tema da 15.ª Edição da SRS®.

Accenture Portugal | Inovar para uma Sociedade Mais Equitativa

Accenture Portugal, membro da Global Compact Network Portugal, em destaque na Semana da Responsabilidade Social 2019, (SRS 2019) pela sua estratégia corporativa no domínio da Sustentabilidade.
 
SRS 2019: “A visão estratégica da sustentabilidade empresarial da Accenture tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável das sociedades para melhorar a forma como o mundo vive e trabalha”. De que modo é que a Accenture Portugal consegue concretizar esta visão estratégica?
FBC: Um dos valores da Accenture passa pelo stewardship, onde se espera que haja um compromisso de todos os colaboradores, enquanto pessoas, para deixar um mundo melhor do ponto de vista social, económico e ambientalmente responsável para as gerações futuras. Procuramos, mais do que gerar valor, ser uma empresa com valores. Com isto, procuramos ser uma parte ativa na mudança de paradigma empresarial, contribuindo para a criação de uma sociedade mais inclusiva, justa e equitativa. Tal é conseguido através do desenvolvimento e implementação de uma estratégia de sustentabilidade visível na forma como nos relacionamos e no valor que aportamos aos nossos diferentes stakeholders, e nos resultados que atingimos. Passa também por sermos mais responsáveis e sustentáveis e por apoiarmos os nossos clientes na sua própria transformação - é o que chamamos de Consultoria Responsável.
 
SRS 2019: No âmbito da V/ atividade, em que é que consiste o modelo/conceito de “Consultoria Responsável”?
FBC: O modelo de Negócio Responsável envolve diversos vetores no âmbito da Sustentabilidade e da Responsabilidade Social que são colocados em prática internamente e no trabalho desenvolvido pela Accenture os seus clientes e na intervenção que realizamos na comunidade em que nos inserimos. O Modelo de Negócio Responsável assenta em três dimensões fundamentais (economia, sociedade e ambiente) incorporando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Enquanto modelo de consultoria, o Negócio Responsável pretende criar um maior alinhamento entre a estratégia de negócio e a sustentabilidade empresarial, baseando-se na relação com os clientes em três fases: uma primeira fase de valorização do compromisso e da contribuição para os ODS; uma segunda fase de identificação dos ODS, para os quais cada cliente pode contribuir face às soluções que a empresa oferece; e, por último, a mitigação dos riscos da transformação digital e contribuição para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do mundo.
 
SRS 2019: A sustentabilidade é hoje um fator de competitividade para as empresas?
FBC: A sustentabilidade é, indubitavelmente, um fator de competitividade das empresas e tem um peso cada vez maior para a sociedade. Segundo um estudo que lançámos este ano, mais de metade dos consumidores pagaria mais por produtos amigos do ambiente. Esta tendência reforça a obrigatoriedade de as empresas se comprometerem com práticas de negócio mais sustentáveis e de as aplicarem no dia-a-dia. Este ano lançámos também o relatório Fjord Trends, um estudo que antecipa as tendências dos consumidores, e a sustentabilidade é uma tendência inegável. Uma das conclusões deste estudo indica, inclusive, que as marcas que negligenciem a sustentabilidade arriscam-se a perder clientes para a concorrência. É cada vez mais importante dar à sustentabilidade a sua relevância. De acordo com o recente estudo que desenvolvemos para as Nações Unidas, apresentado em Setembro em Nova Iorque, “The decade to deliver – A call to business action”, o Banco Mundial prevê que o sector empresarial pode ganhar pelo menos 12 biliões de dólares por ano com oportunidades de mercado graças à adopção de práticas sustentáveis, muito mais do que os 7 biliões de dólares de investimento anual (incluindo 4,5 biliões de dólares em países em desenvolvimento) necessários para atingir os Objectivos Globais de Desenvolvimento Sustentável.
 
SRS 2019: A Accenture Portugal coorganizou a sessão “Inovar para uma Sociedade Mais Equitativa”, na Semana da Responsabilidade Social 2019. Qual é a importância, para a organização, de se associar a iniciativas desta natureza?
FBC: Na Accenture, acreditamos que a igualdade é um alicerce fundamental para uma organização bem-sucedida, inovadora e sustentável a longo-prazo. Enquanto empresa, procuramos contribuir para uma sociedade mais inclusiva e equitativa e isso reflete-se na nossa cultura organizacional e no nosso ambiente de trabalho, bem como no trabalho que desenvolvemos com os nossos clientes. Um dos nossos compromissos é, inclusive, alcançar a paridade de género em 2025 e, atualmente, a nossa força de trabalho é constituída por aproximadamente 43% de mulheres. Procuramos reduzir as desigualdades na sociedade promovendo por exemplo, iniciativas de capacitação para novas tecnologias e competências do futuro, para crianças e jovens, através de organizações sociais para apoio a grupos vulneráveis e de escolas secundárias e profissionais. Como tal, estas iniciativas estão totalmente alinhadas com os nossos valores, assentes num forte compromisso de melhorar a forma como se vive e trabalha.
 
SRS 2019: A Accenture Portugal aderiu recentemente à Global Compact Network Portugal. De que forma a organização está a alinhar as suas operações e a sua estratégia com os 10 Princípios UN Global Compact e os ODS?
FBC: A Accenture Portugal está completamente alinhada com a Agenda 2030 e a concretização dos ODS. Como já referimos, um dos valores da Accenture é a stewardship e, nesse sentido, procuramos ter um papel relevante junto das comunidades em que estamos inseridos, de acordo com os 10 Princípios UN Global Compact e do compromisso assumido para a concretização dos ODS.
A Accenture é uma organização global, por isso possui uma estratégia única e políticas globais que se materializam em estratégias e planos concretos a nível local. Na Accenture falamos uma só linguagem – inovar com responsabilidade.
Uma das medidas que mostra este compromisso é o Comité de Inclusão e Diversidade, que integra representantes da comunidade LGBT, pessoas com deficiência ou incapacidade e profissionais de diferentes idades, nacionalidades e culturas, enquanto representantes da multiculturalidade e diferentes gerações. Este Comité acaba por ser uma forma de pensarmos de que forma podemos contribuir para melhorar a forma como se vive e trabalha.
Em Portugal, temos mais de 3.000 colaboradores. Em 2018, incorporámos 1.268 pessoas, 127 das quais para um primeiro emprego. Apostamos fortemente no talento e na qualificação (e requalificação) dos nossos colaboradores. Também em 2018 registámos 3.157 horas de consultoria probono, no âmbito do programa global Skills to Succeed, uma iniciativa dedicada à requalificação de pessoas para o mundo do trabalho. Além do trabalho probono, 287 dos nossos colaboradores realizaram mais de 850 horas de voluntariado!
Consolidámos ainda o nosso compromisso com o ambiente ao reduzirmos 10% das emissões indiretas de CO2, 9 % do consumo energético e 11% do consumo de papel nas nossas instalações, ao garantirmos uma separação de 83% dos nossos resíduos para reciclagem.
Medidas e resultados como estes são prova do nosso compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável. A nossa estratégia de negócio está, como tal, completamente alinhada com a sustentabilidade empresarial. Queremos ter um papel ativo na construção de um novo paradigma empresarial, mais responsável e sustentável e ajudando os nossos clientes a conduzirem e a transformarem os seus negócios neste sentido.
Através do nosso modelo de negócio responsável, queremos estender este compromisso aos nossos clientes, colaborando em verdadeira parceria para identificar para que ODS podem contribuir nos projetos desenvolvidos em conjunto e contribuindo, assim, para que os alcancem.
Queremos melhorar a forma como se vive e se trabalha e gerar um valor real para a comunidade e os negócios.
 
SRS 2019: No contexto de uma organização consultora responsável, como perspetiva o V/ posicionamento em 2030?
FBC: Procuramos continuar a contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade e de um paradigma empresarial mais sustentável, com melhores formas de trabalhar e viver. A estratégia que queremos seguir é a que temos vindo a promover: uma aposta na conciliação da diversidade com a promoção de uma cultura de inclusão, onde cada colaborador é valorizado pela sua singularidade e background únicos; um forte enfoque também na paridade de género, sendo que esperamos já ter atingido em 2025 a paridade de género na nossa força de trabalho, com 50% homens e 50% mulheres. Pretendemos continuar a desenvolver o talento dentro da nossa organização e a apostar na sua requalificação, potenciando, sobretudo, a sua capacitação tecnológica. A par disto, temos como prioridade a ação climática, tendo estabelecido objetivos bastante exigentes para evitar o aumento drástico da temperatura global, conforme publicamente divulgado no site da Science-Based Targets initiative. Mantemos o respeito pelo ambiente uma prioridade, continuando a incorporar e a melhorar práticas de sustentabilidade ambiental nas nossas operações e estratégias de negócio, consciencializando os nossos colaboradores, clientes e parceiros para a importância da sustentabilidade, tanto para a sociedade como para as empresas.
Acreditamos estar no caminho certo para nos mantermos uma empresa socialmente responsável, com elevados valores, e esperamos ter um impacto ainda mais positivo na sociedade e continuar a potenciar a inovação (sempre) com um propósito.
 
SRS 2019: Em três palavras, como define Sustentabilidade?
FBC: Desenvolver, responsabilizar e inovar.
 
SRS 2019: De que modo podem ajudar os clientes a concretizar a agenda 2030 da ONU.
FBC: Pretendemos ajudar os nossos clientes a alcançarem um crescimento sustentável e socialmente responsável, daí a nossa preocupação em implementar um modelo de Negócio Responsável focado não só na estratégia de negócio, mas no alinhamento desta com a sustentabilidade empresarial. Este alinhamento passa, por exemplo, pela identificação dos ODS para os quais cada cliente pode contribuir face ao seu setor ou produtos/serviços que oferece, e esse é um apoio que a Accenture pretende dar e possui as ferramentas para o fazer de forma diferenciadora. Claro que, primeiramente, temos de sensibilizar os nossos clientes para a importância de concretizar a agenda 2030 e para os benefícios que podem obter com isso. A sustentabilidade é, como já referido, um fator essencial para a agilidade competitiva das empresas, tornando-se, cada vez mais, um peso pesado na escolha dos consumidores e na sua sensação de confiança. Acreditamos também que a tecnologia tem um grande potencial para alavancar o progresso na concretização dos ODS – a transformação digital das empresas é fulcral para uma transformação holística das empresas e para o seu desenvolvimento sustentável. Pelo próprio ADN da Accenture, sempre focada na inovação e no futuro, acreditamos que aportamos valor real aos nossos clientes pelo constante foco numa visão a médio e longo prazo, fundamental para garantirmos uma sociedade sustentável, sólida e global, agora e sempre.
 
 

Climate Ambition Accelerator

O Climate Ambition Accelerator é o programa acelerador de combate às alterações climáticas do UN Global Compact, com a duração de seis meses, para empresas que procuram melhorar a sua performance ao nível do estabelecimento de metas baseadas na ciência e construir um caminho claro de transição rumo às zero emissões líquidas. Liderado pelo UN Global Compact com o apoio de Ørsted e Natura & Co, e patrocinado pelo En+ Group, o Climate Ambition Accelerator procura estimular a ação climática das empresas de todas as dimensões, setores e regiões, ajudando-as a desenvolver e assumir compromissos relevantes de redução de emissões.

Dois anos após o lançamento da campanha Business Ambition for 1.5ºC, e consciente de que o cálculo de emissões e a aprovação de metas pela SBTi - Science Based Targets initiative constituem um enorme desafio para a maioria das empresas, o UN Global Compact criou este programa acelerador.

O Climate Ambition Accelerator concretiza e amplifica a campanha Business Ambition for 1.5ºC e visa apoiar e capacitar as empresas na compreensão e gestão dos seus riscos relativos aos Gases de Efeito de Estufa (GEE), proporcionando ferramentas para apoiar na transição energética, de modo a garantir sucesso a longo prazo num planeta livre de carbono e num ambiente de negócios competitivo e sustentável.

Independentemente do patamar em que as empresas se encontrem ao nível da sustentabilidade, o Climate Ambition Accelerator irá fornecer aos participantes os conhecimentos e as competências necessários para o estabelecimento de metas alinhadas com o objetivo 1.5ºC. Através das diversas redes locais do Global Compact (como a Global Compact Network Portugal), as empresas participantes terão acesso às melhores práticas, oportunidades de partilha entre pares, sessões de capacitação e formação on-demand.

Ao longo de seis meses, as empresas terão acesso a um conjunto de ferramentas e mecanismos de apoio no cálculo das suas emissões de Scopes 1, 2 e 3, e na definição e comunicação de metas de transição energética, em linha com a SBTi - Science Based Targets initiative.

O Climate Ambition Accelerator inclui live sessions com partilha de informação técnica e o apoio do World Resources Institute, peer learning sessions para reflexão e debate de ideias, ações de formação on-demand para desenvolver autoconhecimento, e possibilidade de participação em eventos nacionais e internacionais para demonstrar liderança, sensibilizar outras organizações e apresentar boas práticas.

Benefícios:
  • Cálculo de emissões dos Scopes 1, 2 e 3, de acordo com os critérios da SBTi e em alinhamento com a ciência climática;
  • Demonstração de liderança e possibilidade de participar na COP26 - Conferência das Alterações Climáticas, que irá decorrer em Glasgow, em novembro de 2021;
  • Compreensão clara acerca da Science Based Targets initiative (SBTi) e do seu conceito de "net-zero", incluindo metodologias, requisitos, processos, benefícios e aplicabilidade;
  • Partilha de estratégias e acesso a oportunidades de networking entre pares;
  • Aprendizagem on-demand que possibilita que cada um aprenda ao seu ritmo;
  • Acesso a conteúdos desenvolvidos pelo UN Global Compact e pelo WRI - World Resources Institute e acesso a metodologias inovadoras e práticas pioneiras;
  • Presença nas plataformas do UN Global Compact, Business Ambition for 1.5ºC e da Science Based Targets initiative;
  • Ser membro da campanha Race To Zero da United Nations Framework Convention on Climate Change.
  • O Climate Ambition Accelerator é um programa exclusivo para empresas participantes do UN Global Compact/ Global Compact Network Portugal e signatárias da campanha Business Ambition for 1.5ºC.

Aceita o desafio?

Para mais informações, contacte-nos através de: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it. | 213 156 734 | 912 549 787

 

Compromisso com a Igualdade de Género: O Que as Empresas Têm a Dizer

Compromisso com a Igualdade de Género: O Que as Empresas Têm a Dizer

CITE

P: A igualdade de género não se alcança por decreto”. O que é necessário para integrar este tema na agenda empresarial e quais as medidas que a CITE está a adotar? 

R: O mercado de trabalho é atualmente marcado por muitas dinâmicas de mudança, com origem numa sociedade com diferentes contextos organizacionais e em significativas transformações nas relações e nos papéis de género, motivadas pela existência de novos padrões de relacionamento familiar e novas formas de trabalho e emprego. Todavia, o mercado de trabalho continua, igualmente, marcado pela persistência de assimetrias entre mulheres e homens, que se continuam a traduzir em desigualdades estruturais. 

Ora, estas assimetrias entre mulheres e homens no mercado de trabalho persistem, apesar de diversa legislação em vigor consagrar a igualdade no acesso ao trabalho, ao emprego, à formação profissional e à progressão na carreira ou, ainda, a igualdade salarial para trabalho igual ou de valor igual. Na verdade, há objetivos que permanecem por cumprir r alcançar, como a eliminação dos diferentes tipos de segregação no mercado de trabalho ou uma efetiva participação equilibrada dos homens e das mulheres nos cargos de decisão e direção, bem como uma partilha equilibrada das tarefas domésticas e de cuidado familiar, designadamente com a partilha entre pais e mães dos direitos associados às licenças parentais e à prestação de cuidados a filhas e filhos ou outras pessoas em situação de dependência, continuando a maternidade a penalizar as mulheres. 

É hoje reconhecido que tal se deve à persistência de papéis sociais tradicionalmente atribuídos a homens e a mulheres em função do sexo, o que continua a gerar, também na atividade profissional, opções de vida diferentes e carreiras desiguais.  

Neste contexto, impõe-se agir sobre a eliminação de estereótipos de género junto das entidades empregadoras, no sentido de uma mudança de paradigma, em especial no que toca ao papel dos homens na vida familiar como fator de combate à segregação do mercado de trabalho e de promoção da igualdade de género. 

As empresas, em particular aquelas que adotam uma postura de empresas socialmente responsáveis e sustentáveis, assumem cada vez mais como desígnio a promoção da igualdade de género e a promoção da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, integrando na sua gestão políticas e boas práticas nestes domínios. Ou seja, já assistimos, atualmente, a culturas empresariais que encaram o investimento nestas matérias como uma opção que lhes traz benefícios e vantagens operacionais competitivas, enquanto organizações compostas por mulheres por homens trabalhadoras/os. 

Para que tudo isto possa ser uma realidade, a CITE continua a trabalhar de forma muito próxima com as empresas e organizações, que promovendo ações de formação temáticas, os “Laboratórios de Igualdade”, quer pela via da coordenação e dinamização do Fórum iGen – Organizações para a Igualdade, quer pela via do reconhecimento às empresas com boas práticas ao nível da promoção da igualdade salarial entre mulheres e homens atribuindo, anualmente, o Selo da Igualdade  Salarial, que tem por objetivo distinguir as empresas com mais de 1 trabalhador/a, que possuam um rácio de pelo menos 1/3 do sexo menos representado e que apresentem uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens, apurada no âmbito do balanço das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens, previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 60/2018, de 21 de agosto, entre 1% e -1%. 

 

P: A CITE coordenou uma Comissão Técnica para realizar uma norma nacional sobre igualdade salarial. Quais consideram que são os maiores desafios que ainda enfrentamos para garantir a igualdade salarial no mercado de trabalho em Portugal? Consideram que as empresas estão preparadas para fazer a avaliação das diferenças remuneratórias? 

R: No âmbito do Projeto “Equality, Platform and Standard”, financiado pelo EEA Grants, foi constituída a CT 216, com objetivo de elaborar uma norma nacional para a igualdade salarial, Assim, a 15 de junho de 2023, foi publicada a” NP 4588:2023 Norma Portuguesa Sistema de Gestão para a Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens. Requisitos e Orientações”, que teve por inspiração a Norma Islandesa da Igualdade Salarial.  Em 2023 e 2024, foram realizadas ações de formação sobre aplicação da norma portuguesa 4588:2023 e ações de divulgação da norma. No entanto, há ainda um longo trabalho a fazer, sobretudo ao nível da capacitação dos recursos humanos das empresas para levar a cabo o processo de avaliação das diferenças remuneratórias que caracteriza quer a implementação deste sistema de gestão, quer a efetiva aplicação da Lei n.º 60/2018, de 21 de agosto. No entanto, temos verificado que, com mais ou menos dificuldades as empresas portuguesas têm demonstrado empenho em levar a cabo este processo e estão a conseguir fazê-lo. 

  

P: Das diferentes atribuições da CITE, qual o papel da assistência técnica às empresas para colmatar esses desafios?  

R: A CITE tem apoiado as empresas promovendo ações de informação e sensibilização no âmbito da implementação da Lei n.º 60/2018, de 21 de agosto, na sequência da qual, em janeiro deste ano, foram notificadas, pela Autoridade para as Condições de Trabalho, cerca de 4000 empresas que apresentaram, em 2023, diferenças remuneratórias entre mulheres e homens superiores a 5%, tendo por base o indicador do Gender Pay Gap Base. Nestas ações de formação tivemos cerca de 700 pessoas inscritas sendo a sua principal preocupação saber como elaborar o plano de avaliação das diferenças remuneratórias apuradas, o que, em cumprimento das notificações da ACT deve ser feito no prazo de 120 dias, a que se segue a respetiva implementação durante 12 meses. 

Além disso, a CITE disponibiliza, igualmente no âmbito dos “Laboratórios de Igualdade” diversas ações de informação e sensibilização sobre proteção da parentalidade, na conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, o assédio no trabalho, entre outras matérias da área da igualdade e não discriminação laboral entre mulheres e homens, bem como apoia as entidades empregadoras e os/as trabalhadores no esclarecimento de questões sobre estas matérias, através da  linha verde da CITE. 

  

P: Que mensagem final deixaria às empresas sobre igualdade salarial?  

R: Na verdade, gostaria de deixar duas mensagens. Uma de incentivo, para que prossigam este caminho que têm vindo a fazer quer na verificação da existência e posterior correção das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens, disponibilizando os serviços da CITE, dentro das nossas possibilidades, para o apoio que seja necessários. 

E gostaria de deixar um apelo a todas as entidades empregadoras para que apoiem mais as famílias com filhos, e sobretudo as mulheres. Vários estudos apontam que a maternidade continua a ser um forte fator de discriminação no mercado de trabalho.  Efetivamente, as mulheres não são penalizadas apenas por serem mulheres mas, sobretudo, por serem mães. E esse é um cenário que temos que mudar, promovendo, e apoiando, um maior equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar mas, igualmente, incentivando os trabalhadores do sexo masculino à partilha das tarefas domésticas e de cuidado e apoio familiar. mulheres e homens nas empresas, com mais igualdade e justiça social.  Esta mudança é fundamental para acabar com as persistentes desigualdades entre mulheres e homens no mercado trabalho, possibilitando que seja possível alcançarmos uma sociedade mais justa e com mais igualdade,  pois só assim, com esta transformação de paradigma, poderemos alcançar todo o nosso potencial coletivo. A igualdade de género é um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa. É um direito humano essencial para o desenvolvimento da vida das empresas e da sociedade e para a participação plena de homens e mulheres enquanto seres humanos. 

CIG

Progresso da Igualdade de Género em Portugal nos últimos 10 anos 

Nos últimos dez anos, Portugal tem registado avanços significativos na promoção da igualdade de género, impulsionados por políticas públicas robustas e iniciativas estruturais definidas pelos sucessivos governos e integradas na Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação, coordenada pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). O enquadramento legislativo tem sido reforçado, nomeadamente com a implementação de quotas de género na administração pública e nas empresas cotadas em bolsa, bem como a criação de mecanismos de combate à violência de género e ao assédio no local de trabalho. Merece destaque, neste quadro,  a preocupação crescente com a sensibilização, formação e capacitação em igualdade de género e não discriminação, bem como em prevenção e combate à violência de género e violência doméstica, designadamente nas escolas, Instituições de Ensino Superior e entidades públicas policiais e judiciais. 

No entanto, persistem desafios estruturais, tais como a segregação no mercado de trabalho, o desequilíbrio no setor das tecnologias e digital em desfavor das mulheres, as diferenças salariais, a sub-representação das mulheres em cargos de liderança, o desequilíbrio na divisão das tarefas domésticas e de cuidado. E, de forma preocupante, verificamos que a violência doméstica continua a ser um flagelo que exige ser uma preocupação prioritária para as políticas públicas nesta área. 

Eficácia dos Planos Municipais para a Igualdade 

Os planos municipais para a igualdade têm-se revelado um instrumento essencial para territorializar as políticas públicas de igualdade e não discriminação, garantindo que as especificidades locais são tidas em conta na formulação de medidas concretas adequadas à realidade e necessidades de cada município. Estes planos permitem uma intervenção mais próxima das comunidades, promovendo mudanças na cultura organizacional das autarquias e envolvendo a sociedade civil na promoção da igualdade. 

Para potenciar o impacto destes instrumentos, é essencial garantir financiamento adequado, sensibilizar e “conquistar” as pessoas eleitas, reforçar a formação de chefias e do corpo técnico dos Municípios e criar mecanismos de avaliação regular dos resultados alcançados. O papel da figura de conselheiros e conselheiras para a Igualdade e das equipas para a igualdade na vida local tem, ao longo do tempo, ganho uma vital importância na conceção das medidas dos Planos e sua implementação  

Medidas para Acelerar o Progresso da Igualdade de Género 

Está em vigor a Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação para o período 2018-2030, que integra 3 planos de ação, que, por sua vez, integram vários objetivos estratégicos e medidas concretas com metas definidas, que visam exatamente acelerar o progresso. Destas destaco as seguintes: 

  • Reforço das políticas de parentalidade: Expansão dos incentivos à partilha equitativa das responsabilidades parentais e melhoria da acessibilidade a creches e serviços de apoio às famílias. 
  • Promoção de liderança feminina: Implementação de programas de mentorado para mulheres e incentivos à sua progressão em cargos de decisão. 
  • Combate à desigualdade salarial: Melhoria dos mecanismos de transparência salarial para identificação e combate às disparidades injustificadas. 
  • Educação para a igualdade: Reforço da integração de temáticas de igualdade de género nos currículos escolares, prevenindo estereótipos de género desde a infância. 
  • Maior investimento no combate à violência de género: Expansão das redes de apoio às vítimas, formação obrigatória para forças de segurança e reforço das campanhas de sensibilização. 
  • Desenvolvimento de programas de capacitação de dirigentes e de quadros técnicos em Igualdade e não discriminação, incluindo mainstreaming de género.               
  • Criação e desenvolvimento de projetos financiados e cofinanciados no domínio da Igualdade entre mulheres e homens, em articulação com as organizações não governamentais            
  • Integração, acompanhamento e avaliação da perspetiva de género na construção do Orçamento de Estado.               
  • Qualificação da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, em particular as estruturas de atendimento, para a implementação de programas de prevenção  
  • Financiamento de projetos promotores de políticas de combate à discriminação em razão da Orientação Sexual, Identidade e Expressão de Género e Características Sexuais            

          

Mensagem Final da CIG 

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género reafirma o seu compromisso na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde homens e mulheres tenham oportunidades reais de desenvolvimento em todas as esferas da vida. A igualdade de género não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator essencial para o progresso económico e democrático do país. Através de um esforço coletivo e do compromisso contínuo de todas as entidades e de todos os setores da sociedade, poderemos acelerar as transformações necessárias e garantir um futuro onde a igualdade seja uma realidade plena. 

EDP

P: Como tem sido o processo para atingir a meta de 30% de mulheres em posições de liderança até 2025? 

R: A EDP tem seguido uma estratégia estruturada para aumentar a representatividade feminina, assente em 10 pilares fundamentais, que incluem, por exemplo, temas relacionados com liderança e governação, equidade salarial, recrutamento inclusivo, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e combate ao assédio e discriminação. 

Atualmente, 29% dos colaboradores da EDP são mulheres, e 26% ocupam cargos de liderança. Apesar do progresso significativo nos últimos anos, reconhecemos que ainda há caminho a percorrer para atingir a meta de 30% em posições de liderança até 2025. Para isso, estamos focados na implementação de políticas e programas de desenvolvimento de talento feminino, medidas de trabalho flexível, mentorias e reforço da cultura organizacional, de forma a garantir uma progressão de carreira equitativa para todas as pessoas na organização. 

 

P: Como o reconhecimento no Índice de Igualdade de Género da Bloomberg reflete o trabalho da EDP nesta área? Quais os próximos passos? 

R: A presença da EDP no Índice de Igualdade de Género da Bloomberg demonstrou o compromisso contínuo da empresa com a diversidade e a inclusão. Este reconhecimento refletiu as nossas práticas na promoção da igualdade de oportunidades, o investimento em políticas de equidade salarial e a implementação de medidas concretas para garantir um ambiente de trabalho inclusivo. 

Olhando para o futuro, os próximos passos incluem continuar a promover a igualdade nos processos de recrutamento e progressão de carreira, reforçar programas de capacitação para mulheres em cargos de gestão e expandir iniciativas de sensibilização e formação interna sobre diversidade de género. Queremos garantir que a igualdade de oportunidades é uma realidade transversal a toda a organização, e respetiva jornada de colaborador, influenciando sempre de forma positiva a sociedade como um todo. 

O que a EDP tem feito para garantir maior participação feminina em cargos de liderança no setor energético? 

A EDP tem adotado diversas iniciativas para reforçar a presença feminina em cargos de liderança, considerando que o setor energético tem sido tradicionalmente dominado por homens. Entre as medidas implementadas, destacam-se: 

  • Programas de recrutamento focados na diversidade e inclusão (ex.: EDP Trainee Program, campanha #RebelsforChange); 
  • Desenvolvimento de políticas de equidade salarial, garantindo que homens e mulheres recebam remuneração justa por trabalho igual; 
  • Criação de redes de mentoria e capacitação para preparar mulheres para posições de gestão (ex.: Women Rising); 
  • Adoção de medidas de conciliação entre vida profissional e familiar, como horários flexíveis e licenças parentais mais inclusivas (ex.: Horário flexível, regime híbrido de trabalho); 

Atualmente, 26% das posições de liderança na EDP são ocupadas por mulheres, e 32% dos cargos STEM também são preenchidos por mulheres, superando a meta inicialmente estabelecida para 2026 (16%). 

O compromisso da EDP com a diversidade vai além dos números, refletindo-se na transformação contínua da cultura organizacional e na promoção de um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo. No mais recente estudo de Clima, mais de 80% dos colaboradores afirmaram acreditar que todos são tratados de 

forma justa e equitativa, independentemente das suas diferenças (idade, género, etnia, deficiência), e que se sentem confortáveis para partilhar as suas opiniões livremente dentro da organização. 

 

P: Que recomendações deixaria a outras entidades? 

R: As organizações que pretendem promover a igualdade de género devem adotar uma abordagem estratégica e integrada, focando-se em quatro áreas principais: 

  • Liderança e compromisso: a gestão de topo deve assumir a equidade como um pilar estratégico e estabelecer metas concretas para a equidade de género; 
  • Recrutamento e progressão: implementação de processos seletivos justos e meritocráticos, garantindo diversidade nas contratações e promoções; 
  • Cultura inclusiva: sensibilização e formação contínua para combater preconceitos inconscientes e criar um ambiente de trabalho que valorize diferentes perspetivas; 
  • Políticas de conciliação: disponibilização de opções de trabalho flexível, licenças parentais equilibradas e benefícios que incentivem a participação ativa das mulheres no mercado de trabalho. 

A experiência da EDP demonstra que promover a igualdade de género não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator determinante para a inovação e o sucesso empresarial. 

El Corte Inglés

P: O que tem sido feito no El Corte Inglés para garantir maior participação em cargos de liderança para as mulheres no setor do retalho? 

R: O El Corte Inglés tem implementado várias iniciativas para promover a igualdade de género e aumentar a participação das mulheres em cargos de liderança. Em 2021, a empresa aderiu à Meta Nacional para a Igualdade de Género, comprometendo-se a alcançar 40% de mulheres em cargos de decisão até 2030, compromisso que, aliás, já alcançou há algum tempo. 

Para alcançar essa meta, o El Corte Inglés adotou várias estratégias, a saber: 

  • Políticas de Igualdade: Renovou e reforçou seu Plano de Igualdade, garantindo que pelo menos 50% dos novos cargos de responsabilidade fossem ocupados por mulheres. 
  • Formação e Sensibilização: Implementou programas de formação em igualdade de oportunidades e diversidade para todos os funcionários. 
  • Apoio às Mulheres: Criou várias campanhas internas com o objectivo de incentivar as mulheres no seu crescimento profissional e pessoal.  
  • Participação em Iniciativas Globais: Aderiu aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) das Nações Unidas, reforçando seu compromisso com a igualdade de género. 

   

P: Em 2021, o El Corte Inglês aderiu à Meta Nacional para a Igualdade de Género, assumindo o compromisso de alcançar 40% de mulheres em cargos de decisão até 2030. Alcançou esta meta em 2024, 6 anos antes do prazo. Como foi o processo para a atingir? O que representa para o El Corte Inglês? 

R: Alcançar essa meta representou um marco significativo para o El Corte Inglés, porque, mais do que intenções, é a prova do compromisso com a igualdade de género e a inclusão. A empresa conta já com 45% de mulheres em cargos de direção em Portugal, sendo que esta percentagem sobe para os 55% se incluirmos os cargos de adjunto. Estes números refletem a grande mudança na cultura organizacional no sentido da promoção de um ambiente de trabalho mais equitativo, mais plural, com mais diversidade de opiniões, de visões e de capacidades.   

  

P: Que recomendações deixaria a outras entidades?  

R: Para outras entidades que desejam promover a igualdade de género e aumentar a participação das mulheres em cargos de liderança, acreditamos que é importante estabelecer metas claras e mensuráveis, com prazos realistas e, ao mesmo tempo desenvolver políticas de igualdade de género que promovam a contratação, promoção e retenção de mulheres em todos os níveis da organização. 

Neste sentido, a empresa deve criar programas de formação contínua, tanto sobre a igualdade de género como de mentoria e apoio ao desenvolvimento de carreira, incentivando e ajudando as mulheres a adquirir as competências e a confiança necessárias para assumir cargos de liderança.  

Finalmente, em termos de governance, a empresa deve ser capaz de criar um ambiente de trabalho flexível, oferecendo condições que permitam um melhor equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, especialmente para as mulheres que têm responsabilidades familiares mais exigentes. 

Geek Girls

P: Quais são os desafios que as mulheres enfrentam atualmente no setor tecnológico em Portugal e qual o papel da GEEK Girls Portugal para ajudar a ultrapassá-los? 

R: As mulheres enfrentam vários desafios no setor tecnológico e não apenas em Portugal. Há, por exemplo, pouca diversidade nas empresas e na constituição das equipas. Apesar de o número de mulheres no setor ter aumentado, não há um aumento significativo e proporcional de estudantes mulheres nas áreas de STEM. Estatísticas mostram também que as mulheres a partir dos 35 anos analisam as suas carreiras e muitas optam por abandonar a área, seja pela subrepresentação de mulheres, seja pela igualdade de oportunidades na progressão de carreira, pelos desafios da maternidade ou apoio à família, ou pela igualdade de salário em funções semelhantes. Tal como em outros países, a diferença salarial ronda os 20 a 30%. A comunidade Geek Girls Portugal, que fundei em 2010, tem ajudado a criar um ambiente seguro para debate e partilha destes desafios, a criar oportunidades de networking e de enriquecimento de conhecimento técnico, e através de um programa de mentoria, também apoiado mulheres a entrar no setor ou a progredirem na sua carreira. 

 

P: Que iniciativas têm tido mais impacto no incentivo a que mais mulheres sigam carreiras na área da tecnologia? 

R: As ações de divulgação da comunidade e de exemplos de mulheres na área de tecnologia, assim como os meetups que promovemos, ajudam a desmistificar a área e a mostrar que há imensas oportunidades e perfis distintos na área da tecnologia. O programa de mentoria que desenvolvemos tem também apoiado muitas profissionais com percursos de estudo/carreira noutras áreas a fazer a transição para a área da tecnologia, com o auxílio e empatia de atuais profissionais no setor. 

  

P: Como tem evoluído a representação feminina em cargos técnicos e de liderança? Existe alguma área mais crítica?  

R: Em geral, e não só no setor tecnológico, as estatísticas dizem-nos que as mulheres têm menos oportunidades para progredir na carreira ou aceder a cargos de liderança e acabam muitas vezes por assumir que não têm as competências necessárias. A falta de oportunidades continua em muitos casos a dever-se a estereótipos implícitos – por exemplo, associados à maternidade e parentalidade. Temos cada vez mais mulheres em cargos técnicos e de liderança, mas ainda há um longo caminho a percorrer – particularmente em confiar nas mulheres para os cargos e em igualmente as mulheres desenvolverem a confiança para assumir os mesmos. 

 

P: Que mensagem gostaria de deixar às empresas tecnológicas / ao setor sobre políticas de igualdade de género?  

R: Creio que as empresas do setor tecnológico estão cada vez mais interessadas em abraçar um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo, mas é necessário não só ter a motivação como realmente desenvolver uma cultura de trabalho que de facto promova esta diversidade e inclusão nas suas ações. Precisamos no trabalho também de olhar não só para a igualdade como para a equidade – nos diferentes estágios da sua vida e carreira as mulheres podem precisar de medidas de apoio diferenciadas.

Sabendo que, por exemplo, o regresso da licença de maternidade pode ser um momento desafiante para lidar com trabalho e família, temos que ter formas de apoiar as mulheres nesse momento, seja com lidar com o desafio de ter perdido o que aconteceu na empresa/equipa nos últimos meses, seja com necessitar de horários flexíveis durante alguns períodos.

O mesmo é obviamente válido para quem regressa da licença de paternidade, mas poderá ter contornos e desafios diferentes. E o mesmo é válido para apoiar as mulheres a assumir cargos de liderança, ir de encontro às suas necessidades, com o auxílio de formação para desenvolvimento das competências necessárias ou com o apoio/mentoria de outros líderes da empresa. 

Margarida Sá Costa (Convenor dos Women Empowerment Principles) 

P: Como avalia a resposta das empresas em relação à igualdade de género?  Estão realmente comprometidas ou é apenas uma questão de imagem? 

R: A temática da igualdade de género está profundamente ligada à cultura envolvente, o fator que muda com maior dificuldade, consequentemente a questão sobre o compromisso das empresas com a igualdade de gênero varia conforme a organização, o setor e o contexto geográfico.   

As empresas são pessoas coletivas, são criadas, dirigidas e erguidas por pessoas. Cada uma delas, numa determinada altura e contexto, age de acordo com a sua moral, ética e objetivos. Todas juntas, serão a resposta da empresa. Desde o acionista até ao empregado de função menos relevante, todos são importantes. 

Quando tais objetivos são uma diretriz emanada no “dono”, o desejável pela força que carrega para toda a organização, o processo será mais ou menos ativado ao longo da cadeia organizacional, no entanto, cada pessoa por que passa tem a sua parte de participação, melhor ou pior, maior ou menor. Quanto maior for a vontade individual de levar essa ideia (ou outra) mais longe, maior será o compromisso. 

Isto para dizer que, a cultura empresarial parte de “quem manda” na empresa, mas é detalhada e estruturada por todos os que nela trabalham. No fundo, todos acabam por “mandar” e ser responsáveis por que aconteça! Vale para tudo! E neste âmbito, ainda que, por exemplo, um determinado acionista “achasse bem” por razões de imagem ter uma estratégia de igualdade de género, ela poderia ir muito além desse objetivo de imagem se quem a implementa trabalhasse para isso. 

Neste quadro, poderemos sempre considerar alguns pontos fundamentais para avaliar se as empresas estão realmente comprometidas ou se tratam a questão apenas como uma estratégia de imagem:  

Alguns exemplos que indiciam um compromisso real: 

  1. Políticas internas e transparência:
    - Empresas realmente comprometidas adotam políticas concretas, como metas de igualdade salarial, licença parental igualitária e códigos de conduta.
    - A transparência nos relatórios de diversidade e inclusão (D&I). 

  2. Representatividade em cargos de liderança:Muitas empresas promovem a igualdade de gênero em campanhas publicitárias, mas continuam com uma liderança predominantemente masculina. Se a empresa tem mulheres em cargos de direção e decisão, há um compromisso mais sólido.  


  3. Cultura organizacional e formação:Programas de formação, oportunidades de mentoria e medidas para criar ambientes mais inclusivos são sinais de que a empresa investe na mudança. 


  4. Estabelecimento de métricas de avaliação de impacto: Empresas sérias monitorizam o progresso e ajustam as suas políticas, conforme necessário. Se há análises claras e resultados a ser divulgados, as hipóteses de existir um compromisso real são maiores. 

Alguns exemplos que indiciam que é uma mera questão de imagem: 

  • Pinkwashing e marketing superficial: Algumas empresas fazem campanhas sobre igualdade de gênero, mas sem mudanças reais. Isso acontece quando a diversidade aparece apenas em publicidade.  

  • Falta de ação em casos de discriminação:Se há relatos de assédio ou desigualdade salarial, e a empresa não toma medidas concretas para resolver, é um sinal de que a preocupação é apenas de fachada. 

  • Ausência de dados e de transparência:Empresas que não divulgam informações sobre diversidade ou evitam comprometer-se com metas específicas podem estar apenas a seguir uma tendência de mercado. 

Resumindo, muitas empresas ainda defendem a igualdade de gênero como uma questão de imagem, mas também há avanços reais em algumas organizações.  

A diferença está em ações concretas e mensuráveis.  

Para avaliar o nível de comprometimento, é essencial analisar políticas internas, representação feminina na liderança, transparência e práticas reais. 

 

P: Gostaríamos que salientasse algumas boas práticas em empresas para promover a igualdade de oportunidades. 

R: O sonho, pelo menos o meu, é não necessitarmos de fazer nada, por fluir naturalmente, porém estamos, ainda, longe. Por isso, é um sonho para o qual tenho trabalhado ao longo da minha vida. É uma missão de “fazer Justiça”.   

Já referi anteriormente alguns exemplos que indiciam um compromisso real, tentarei agora dar exemplos mais específicos de algumas boas práticas adotadas por empresas que levam à igualdade de oportunidades:

  • Políticas de recrutamento e seleção justas que incluam:
    - Processos seletivos anónimos.  
    - Metas de diversidade. 
    - Diversidade nos grupos de análise dos recrutamentos. 

  • Igualdade salarial e transparência:
    - Auditorias salariais internas periódicas.  
    - Política de transparência salarial. 

  • Programas de desenvolvimento e de mentoria:
    - Mentoria para grupos sub-representados, mas aberta a todos (sem segregação). 
    - Formação sobre preconceitos inconscientes.

  • Flexibilidade e conciliação entre vida pessoal e profissional:
    - Licença parental igualitária (ambos os pais terem direitos idênticos) .
    - Horários flexíveis e trabalho remoto.

  • Cultura organizacional inclusiva:
    - Código de conduta contra discriminação e assédio.
    - Comitês de diversidade e inclusão.
    - Eventos e ações de conscientização.

  • Representatividade na liderança:
    - Mulheres e minorias em cargos de chefia. 
    - Conselhos de Administração diversos e equilibrados. 

  

P: Considera que há resistência dentro das empresas quando se implementam medidas de igualdade de género? 

R: Mesmo considerando que vivemos na zona do mundo mais evoluída e mais equilibrada, o trabalho a fazer ainda é muito e não só não está terminado, como pode regredir, por várias contingências de ordem global e geopolíticas. Momentos de tensão, são sempre um retrocesso nestas práticas.  

E, sim, há resistência, e ela pode vir de diferentes frentes e ser mais ou menos subliminar e mais ou menos consciente: 

  • Resistência cultural e preconceito inconsciente:Muitos funcionários e líderes cresceram em ambientes onde o modelo tradicional de trabalho favorece homens na liderança e mulheres em cargos de suporte. Isso pode gerar resistência inconsciente à mudança.  

  • Medo de perda de privilégios:Algumas pessoas, principalmente em cargos de poder, veem políticas de igualdade de gênero como uma ameaça à sua posição e oportunidades. Em vez de entenderem que essas medidas são uma forma de equilíbrio, interpretam-nas como um favorecimento. 

  • Desconfiança sobre meritocracia:Há quem argumente que as políticas de igualdade podem colocar a meritocracia em risco, mesmo quando os dados mostram que mulheres e minorias enfrentam mais e maiores barreiras para crescer. 

  • Resistência na liderança:Quando os acionistas e gestores de topo não estão investidos na importância da igualdade de género, eles podem implementar medidas apenas para cumprir as exigências externas, sem um comprometimento real com as mudanças estritas. 

  • Falta de sensibilização e de comunicação clara:A resistência pode ser reduzida se houver comunicação eficaz sobre os benefícios da igualdade de gênero, tanto para a empresa quanto para os funcionários. Empresas que formam as suas equipas sobre o impacto positivo da diversidade obtêm maiores benefícios.


A resistência existe, mas pode ser superada com uma abordagem estratégica e um compromisso genuíno da empresa, sensibilização, comunicação eficaz e políticas concretas.  

Algumas ideias para superar esta resistência: 

  • Liderança efetivamente comprometida (liderar e dar o exemplo, mais do que falar, agir em conformidade); 
  • Ações de formação para explicar e salientar o que é e como combater o preconceito inconsciente;  
  • Criação de espaços de diálogo e de feedback; 
  • Comunicação clara e transparente. Explicar os conceitos, o que é igualdade, o que é favorecimento. 
  • Divulgar role models
  • Canais de denuncia confiáveis. 
  • Definição de metas e de indicadores. 
  • Divulgação dos resultados. 

P: Qual o papel das empresas na promoção da igualdade de género na sociedade e como é que os Women’s Empowerment Principles podem ajudar nessa missão?

R: As empresas desempenham um papel fundamental na promoção da igualdade de género, dada a sua função na sociedade, pois trabalham para servir e melhorar a vida das pessoas e a sua atividade em toda a dinâmica impacta na vida das pessoas, tanto das que colaboram na sua construção, como os clientes, stakeholders, fornecedores e a comunidade em geral. De alguma forma, espelham a própria sociedade e ao pretenderem “vender” o que fazem, esforçam-se por refletir uma imagem ideal de si mesmas e da sociedade.  

As empresas são motores de desenvolvimento económico e social, vivem com e para todos e devem contar com todos. 

Além disso, as empresas tendem a ter projeções de futuro e a sua componente económico-financeira avança a um ritmo mais rápido que o cultural. Naturalmente, alavancam e puxam o desenvolvimento social, no contexto geográfico onde atuam e muitas vezes, além dele.  

Para além desse enquadramento, o mundo empresarial funciona numa teia complexa que envolve outras empresas e pessoas individuais. Tem um poder influenciador e de escala, muito grande.  

Empresas líderes, não só lideram os seus mercados, são também o exemplo que outras querem seguir, tem, pois, responsabilidade acrescida de sentir e prosseguir a missão de construir um mundo melhor, para todos. 

A empresa tem a capacidade de criar um ambiente de trabalho mais justo, equilibrado e inclusivo, de influenciar as cadeias de valor, de mudar a cultura empresarial e social e ainda de apoiar políticas públicas e iniciativas sociais. 

Os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) são um conjunto de sete princípios desenvolvidos pelo Pacto Global das Nações Unidas (UNGC) os quais visam dotar as empresas de ferramentas e de um guia que as ajude a considerar e enfrentar desigualdades de gênero no local de trabalho, no mercado e na comunidade, capacitando e fortalecendo o papel das mulheres no mundo empresarial e eliminando a discriminação. 

Os WEPs são um guia estratégico para empresas, justo e inclusivo, para que promovam a inovação, a produtividade interna e a cooperação entre empresas e os seus stakeholders. 

Os Women’s Empowerment Principles Chapter Portugal, doravante “WEP Portugal”, sob a égide da rede Global Compact Network Portugal (GCNP), objetivam a capacitação e valorização das mulheres e raparigas para uma participação plena em todas as esferas da vida – pessoal, académica, profissional e familiar - e em todos os setores de atividade económica e ou institucional, vertentes essenciais à edificação de uma economia mais forte, mais equitativa, justa e inclusiva.  

Os WEP Portugal visam, igualmente, a inclusão social, económica e cultural de todos os géneros e pessoas, em pleno respeito pelos Direitos Humanos Universais e pela Carta das Nações Unidas. 

Os WEP Portugal encontram-se alinhados com os Women’s Empowerment Principles (WEP) e endossam o cumprimento de metas internacionalmente acordadas para o desenvolvimento sustentável – nomeadamente, as decorrentes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que integram a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) -, as quais pretendem melhorar a qualidade de vida de mulheres, homens, famílias e comunidades.  

O mundo empresarial é, neste sentido, um parceiro fundamental para atingir e consolidar a igualdade de oportunidades para ambos os sexos, géneros, a par com o empoderamento das mulheres e raparigas em Portugal. 

Os WEP Portugal, instituídos pela Global Compact Network Portugal (GCNP), têm como missão a prossecução das ações decorrentes da promoção e aplicação dos sete (7) Princípios WEP universais: 

  1. Estabelecer uma liderança empresarial de alto nível para a Igualdade de Género;
  2. Tratar mulheres e homens de forma justa no trabalho: respeitar e apoiar os Direitos Humanos e a não discriminação;
  3. Garantir saúde, segurança e bem-estar a trabalhadoras e trabalhadores;
  4. Promover a educação, capacitação e o desenvolvimento profissional das mulheres e raparigas;
  5. Implementar ações na organização, na cadeia de valor e no marketing, que promova o empoderamento das mulheres;
  6. Promover e defender a igualdade junto da comunidade;
  7. Medir e reportar publicamente o progresso da organização.

Os WEPs, fornecendo um caminho estruturado para a mudança, ajudam as empresas a determinar e a implementar políticas concretas, a atrair talentos e a melhorar a confiança dos colaboradores, facilitam parcerias estratégicas com a cadeia de valor e impulsionam inovação e crescimento. Toda a cultura empresarial é impactada com fatores positivos, para além de apoiar o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável e das normas de sustentabilidade em vigor. 

 

P: Como mulher que trabalhou numa empresa ligada à tecnologia, quais os principais desafios que as empresas tecnológicas enfrentam para atrair e reter mulheres? 

R: As empresas tecnológicas, tradicionalmente tinham mais competências masculinas, pois havia um pensamento cultural antigo de que certas temáticas seriam muito tecnicistas e como tal pouco adequadas a serem realizadas por mulheres. 

Com o evoluir do conhecimento e do desenvolvimento tecnológico, não só a parte “tecnicista” se tornou mais “holística”, trazendo maior potencial e abertura de áreas de trabalho, como a própria noção de que “tecnicista” não seria adequado a mulheres, se esbateu. 

Não obstante, a cultura “mais masculina”, continua a ter algum impacto no sector tecnológico, tal como na maioria da área empresarial que não seja tradicionalmente ligada a “trabalho feminino”. O fator cultural tende a mudar mais lentamente (mas muda!). 

Senti e vivi essa evolução e mudança, com algum sentimento de lentidão e de impaciência, mas sem nunca desistir de ser agente de mudança. Está em cada um de nós ser e fazer a mudança que queremos que aconteça, e vale para tudo. 

Para além de ser mulher, sou humanista, sou de Direito numa empresa maioritariamente de engenharia. Sempre foi uma experiência “mágica”, de desafio, de provas, de aprendizagem permanente e troca de conhecimentos para alcançar objetivos comuns. O que mais senti é que se fosse homem, a minha vida teria tido caminhos mais evidentes, mais rápidos. Deu mais trabalho, mas acredito que o meu contributo e força tenha aberto caminhos mais diretos para as mulheres que se seguem. Acredito ter ajudado a que quando se esteja perante uma mulher não se duvide nem um segundo, nem inconscientemente, sobre as suas competências.   

Neste quadro, e numa altura em que a captação e retenção de talento (seja qual for o género) é crucial para qualquer empresa, o que viabiliza mais oportunidades para mais mulheres, diria que as empresas que se tenham posicionado e/ou tenham ainda cultura de empresas de “atividade maioritariamente masculina”, sejam da área de tecnologia ou de outra, podem ter de resolver os seguintes desafios no que diz respeito a competências femininas:  

  1. Falta de representação feminina:A ausência de modelos femininos em cargos de liderança desmotiva novas gerações de mulheres a acreditar no compromisso da empresa para com elas; 

  2. Cultura organizacional predominantemente masculina:Ambientes de trabalho pouco inclusivos ou com comportamentos machistas dificultam a permanência de mulheres no setor. 

  3. Disparidade salarial:As mulheres ainda recebem, em média, variações inferiores aos dos homens para trabalhos iguais.

  4. Preconceito inconsciente e barreiras no recrutamento: Processos seletivos podem conter preconceitos implícitos que favorecem candidatos masculinos. 

  5. Dificuldade em equilibrar vida profissional e pessoal:A falta de políticas de flexibilidade acompanhadas de políticas de paridade nesta matéria de equilíbrio vida pessoal/profissional, pode afastar as mulheres. 

  6. Menor acesso a oportunidades de crescimento:Mulheres enfrentam mais dificuldades para avançar na carreira e alcançar posições de liderança, designadamente em áreas de tecnologia, por razões subliminares de enviesamento de género.  

 

Compromisso com a Sustentabilidade

A Global Compact Network Portugal comemorou, no dia 22 de janeiro, os 15 anos de compromisso das organizações portuguesas com o United Nations Global Compact com a realização da conferência "Compromisso com a Sustentabilidade", na Culturgest, em Lisboa.

Com a sessão de abertura a cargo de Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal, e de Paula Viegas, Chief Sustainability Officer da CGD, a conferência contou com Ole Lund Hansen, Chief of Global Operations do UNGC, como keynote speaker. Uma intervenção fortemente aplaudida, que abordou a importância do UNGC para as organizações portuguesas que, através dela, integram a maior iniciativa de sustentabilidade do mundo com acesso a instrumentos e recursos globais, permitindo o alinhamento das suas operações com a Agenda 2030 da ONU, sob o lema “Making Global Goals, Local Business”.

Seguiu-se a mesa redonda “15 Anos de Compromisso com a Sustentabilidade em Portugal”, moderada por Mário Parra da Silva, com a participação das organizações que, em 2004, assumiram um papel pioneiro no contexto nacional ao subscreveram os 10 Princípios do UNGC: Delta Cafés, S.G.P.S., S.A., representada no painel por Maria João Cunha, Gestora do Gabinete de Sistemas de Gestão Integrados e Certificações, EDP – Energias de Portugal S.A., representada por Eduardo Moura, Direção de Sustentabilidade, Fundação Oriente, representada por Carlos Gaspar, Assessor do Conselho de Administração da Fundação Oriente, Grupo Bial, representado por José Carlos Ferreira, Diretor do Departamento de Recursos Humanos, Sonae, representado por Leonor Sotto Mayor, Head of Public Affairs e a Altice Portugal (ex-PT), representada pelo seu presidente Alexandre Fonseca.
As seis entidades foram, ainda, protagonistas da Cerimónia Protocolar de Reconhecimento com a entrega do Diploma | 15 Anos UNGC.
A sessão da manhã foi encerrada por Teresa Ribeiro, Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

 À tarde, a conferência "Compromisso com a Sustentabilidade" prosseguiu com a comemoração do 3.º Aniversário da Aliança ODS Portugal, tendo contado com a intervenção de Maria de Fátima Fonseca, Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público a abrir a sessão.

Em seguida, Membros e Embaixadores da Aliança ODS Portugal foram convidados a apresentar atividades, iniciativas e projetos que, nos últimos três anos, têm contribuído para a concretização da Agenda 2030 da ONU em Portugal: 
  • CEiiA | "Sustainable Ocean Business Platform for the SDGs"
  • CPF | "As Fundações e os ODS, sinergias e oportunidades"
  • AMI | "Contributo para o alcance da Agenda 2030"
  • GEBALIS | "Contributo da Gebalis para o Cumprimento da Agenda 2030"
  • GRACE | "Ideias Cruzadas & Uni.Network"
  • IAPMEI | "Criar Valor nas PME: Competitividade pela Economia Circular"
  • LNEG | "KATCH_e"
  • PEDRA BASE | "Cultura de Bem-Estar nas Organizações"
  • PLATAFORMA DAS ONGD / CPADA | "Europa no Mundo - Concretizando a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável"
  • QUIDGEST | "Tecnologia ao Serviço dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável"
  • SAILORS FOR THE SEA PORTUGAL| "International Coastal Cleanup"
  • SCOOP PORTUGAL | "PVH Upcycle Project"

Alexandra Roeger | "ODS Esposende – Um contributo para a Sustentabilidade"
João Baracho | "Apps For Good"
Elsa Barbosa | "Ciclo de Seminários sobre Ética, RS e Deontologia Profissional" e "Construção da "garrafa 365"
Joaquim Contreiras | "Praia Limpa 2018" Maria João Graça | "ODS 16".
 
Seguiu-se, depois, a Cerimónia de Tomada de Posse dos novos Embaixadores da Aliança ODS Portugal: Paula Guimarães | ODS 1 - Erradicar a Pobreza, ODS 2 - Erradicar a Fome e ODS 10 - Reduzir as Desigualdades; Ana Patrícia Duarte, Ana Teresa Ferreira Oliveira, Jorge Martins Rodrigues, Rui Alberto Martins Teixeira, Sónia Monteiro, Verónica Ribeiro | ODS 4 - Educação de Qualidade; Maria Luísa Silva | ODS 4 - Educação de Qualidade, ODS 10 - Reduzir as Desigualdades, ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis; Peter Roebeling | ODS 6 - Água Potável e Saneamento, ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 13 – Ação Climática, ODS 15 - Proteger a Vida Terrestre; Ivone Rocha e Maria Teresa Ponce de Leão | ODS 7 - Energias Renováveis e Acessíveis; Honório João Campante e Paulo Marques | ODS 9 - Indústria, Inovação e Infraestruturas; João Manuel Machado Faria de Abreu | ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis e Nuno Mendonça | ODS 14 - Proteger a Vida Marinha; Sandro José Alves Durães | ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes, e Filomena Cunha | ODS 17 - Parcerias para a Implementação dos Objetivos.

A conferência terminou com a apresentação dos novos Membros da Aliança ODS Portugal: ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, representado na cerimónia por Catarina Roseta Palma | Diretora da Sustentabilidade; Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, representado por João José Fernandes | Presidente, Parpública - Participações Públicas, SGPS, S.A., representado por Miguel Cruz | Presidente do Conselho de Administração; e Sailors for the Sea Portugal, representado por Bernardo Corrêa de Barros | Presidente.

Compromisso com a Sustentabilidade

A Global Compact Network Portugal comemorou, no dia 22 de janeiro, os 15 anos de compromisso das organizações portuguesas com o United Nations Global Compact com a realização da conferência "Compromisso com a Sustentabilidade", na Culturgest, em Lisboa.

Com a sessão de abertura a cargo de Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal, e de Paula Viegas, Chief Sustainability Officer da CGD, a conferência contou com Ole Lund Hansen, Chief of Global Operations do UNGC, como keynote speaker. Uma intervenção fortemente aplaudida, que abordou a importância do UNGC para as organizações portuguesas que, através dela, integram a maior iniciativa de sustentabilidade do mundo com acesso a instrumentos e recursos globais, permitindo o alinhamento das suas operações com a Agenda 2030 da ONU, sob o lema “Making Global Goals, Local Business”.

Seguiu-se a mesa redonda “15 Anos de Compromisso com a Sustentabilidade em Portugal”, moderada por Mário Parra da Silva, com a participação das organizações que, em 2004, assumiram um papel pioneiro no contexto nacional ao subscreveram os 10 Princípios do UNGC: Delta Cafés, S.G.P.S., S.A., representada no painel por Maria João Cunha, Gestora do Gabinete de Sistemas de Gestão Integrados e Certificações, EDP – Energias de Portugal S.A., representada por Eduardo Moura, Direção de Sustentabilidade, Fundação Oriente, representada por Carlos Gaspar, Assessor do Conselho de Administração da Fundação Oriente, Grupo Bial, representado por José Carlos Ferreira, Diretor do Departamento de Recursos Humanos, Sonae, representado por Leonor Sotto Mayor, Head of Public Affairs e a Altice Portugal (ex-PT), representada pelo seu presidente Alexandre Fonseca.
As seis entidades foram, ainda, protagonistas da Cerimónia Protocolar de Reconhecimento com a entrega do Diploma | 15 Anos UNGC.
A sessão da manhã foi encerrada por Teresa Ribeiro, Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

 À tarde, a conferência "Compromisso com a Sustentabilidade" prosseguiu com a comemoração do 3.º Aniversário da Aliança ODS Portugal, tendo contado com a intervenção de Maria de Fátima Fonseca, Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público a abrir a sessão.

Em seguida, Membros e Embaixadores da Aliança ODS Portugal foram convidados a apresentar atividades, iniciativas e projetos que, nos últimos três anos, têm contribuído para a concretização da Agenda 2030 da ONU em Portugal: 
  • CEiiA | "Sustainable Ocean Business Platform for the SDGs"
  • CPF | "As Fundações e os ODS, sinergias e oportunidades"
  • AMI | "Contributo para o alcance da Agenda 2030"
  • GEBALIS | "Contributo da Gebalis para o Cumprimento da Agenda 2030"
  • GRACE | "Ideias Cruzadas & Uni.Network"
  • IAPMEI | "Criar Valor nas PME: Competitividade pela Economia Circular"
  • LNEG | "KATCH_e"
  • PEDRA BASE | "Cultura de Bem-Estar nas Organizações"
  • PLATAFORMA DAS ONGD / CPADA | "Europa no Mundo - Concretizando a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável"
  • QUIDGEST | "Tecnologia ao Serviço dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável"
  • SAILORS FOR THE SEA PORTUGAL| "International Coastal Cleanup"
  • SCOOP PORTUGAL | "PVH Upcycle Project"

Alexandra Roeger | "ODS Esposende – Um contributo para a Sustentabilidade"
João Baracho | "Apps For Good"
Elsa Barbosa | "Ciclo de Seminários sobre Ética, RS e Deontologia Profissional" e "Construção da "garrafa 365"
Joaquim Contreiras | "Praia Limpa 2018" Maria João Graça | "ODS 16".
 
Seguiu-se, depois, a Cerimónia de Tomada de Posse dos novos Embaixadores da Aliança ODS Portugal: Paula Guimarães | ODS 1 - Erradicar a Pobreza, ODS 2 - Erradicar a Fome e ODS 10 - Reduzir as Desigualdades; Ana Patrícia Duarte, Ana Teresa Ferreira Oliveira, Jorge Martins Rodrigues, Rui Alberto Martins Teixeira, Sónia Monteiro, Verónica Ribeiro | ODS 4 - Educação de Qualidade; Maria Luísa Silva | ODS 4 - Educação de Qualidade, ODS 10 - Reduzir as Desigualdades, ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis; Peter Roebeling | ODS 6 - Água Potável e Saneamento, ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 13 – Ação Climática, ODS 15 - Proteger a Vida Terrestre; Ivone Rocha e Maria Teresa Ponce de Leão | ODS 7 - Energias Renováveis e Acessíveis; Honório João Campante e Paulo Marques | ODS 9 - Indústria, Inovação e Infraestruturas; João Manuel Machado Faria de Abreu | ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis e Nuno Mendonça | ODS 14 - Proteger a Vida Marinha; Sandro José Alves Durães | ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes, e Filomena Cunha | ODS 17 - Parcerias para a Implementação dos Objetivos.

A conferência terminou com a apresentação dos novos Membros da Aliança ODS Portugal: ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, representado na cerimónia por Catarina Roseta Palma | Diretora da Sustentabilidade; Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, representado por João José Fernandes | Presidente, Parpública - Participações Públicas, SGPS, S.A., representado por Miguel Cruz | Presidente do Conselho de Administração; e Sailors for the Sea Portugal, representado por Bernardo Corrêa de Barros | Presidente.

CONVITE: 6.º ANIVERSÁRIO - ALIANÇA ODS PORTUGAL

A ALIANÇA ODS PORTUGAL comemora a 20 de janeiro de 2022 o seu 6.º Aniversário.

Para assinalar a efeméride, a Global Compact Network Portugal e a Associação Portuguesa de Ética Empresarial, promotoras da iniciativa, encontram-se a organizar uma Conferência comemorativa que pretende lançar o debate sobre “A Agenda 2030 | Ação pelos ODS”, focando as ações desenvolvidas pelas organizações para a concretização desta Agenda Global e para o consequente alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nos seus diversos pilares (ambiental, social e económico).

O evento comemorativo que, todos os anos, procura dar destaque ao trabalho desenvolvido em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável decorrerá em formato digital através da Plataforma HOPIN, contando com diversos painéis de debate, Pitches e Stands Virtuais.

A inscrição para participação no 6.º Aniversário da Aliança ODS Portugal decorre aqui.

Participe!

Dia Internacional da Mulher | 2019

A Global Compact Network Portugal assinala o Dia Internacional da Mulher com a emissão de um Selo Comemorativo, convidando todas as organizações a utilizar o mesmo de modo a assinalar o seu contínuo empenho na criação de um mercado de trabalho nivelado pela igualdade entre homens e mulheres, base essencial para uma sociedade mais justa e equilibrada.

Conheça, na íntegra, a Mensagem Oficial de Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal, e de Filomena Martins Cunha, Coordenadora do Comité Executivo dos WEP - o programa da UN Global Compact e da UN Women para a promoção da igualdade de género e da capacitação das mulheres.
 
 
Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal
 
“Neste Dia Internacional da Mulher permitam-me assinalar mais um passo na igualdade de oportunidades e deveres que emerge da Norma Portuguesa de Conciliação entre a Vida Profissional, Familiar e Pessoal. Ao longo de anos e desde a maior presença da mulher nas organizações, empresariais, públicas ou da economia social, vimos as exigências do trabalho invadirem a vida pessoal e familiar, em nome da competitividade, do profissionalismo, da camisola ou simplesmente da necessidade. Cada vez mais reduzidas à função de trabalhadoras, as mulheres tiveram de compatibilizar com os cuidados familiares a sua prestação laboral. Entidades houve que assumiram a supremacia da mulher na função familiar sobre a profissional e ostensivamente discriminaram mulheres, porque não pretendiam “prejudicar a sua responsabilidade familiar”. O resultado prático é que as mulheres são preteridas na contribuição intelectual, na progressão em carreiras e na participação em decisões. Na difícil decisão de quem fica fora de horas a fazer o que o diretor exige, a mulher vai para casa porque a sociedade, e muitas vezes ela mesma, acham que isso é a atitude correta. O homem fica, sacrificando-se assim pela família ao trabalhar até as 20h, após o que, cansado, vai para casa onde espera ter à sua espera uma esposa sorridente e com o jantar pronto, de que depois levantará a mesa e porá a louça na máquina, enquanto deita os filhos e pensa no dia seguinte. Como estas supermulheres escasseiam, o resultado é algum medo de viver em comum, de ter filhos e de se auto submeter a um estilo de família que não é compatível com a participação dos dois, em pé de igualdade, no mercado de trabalho. Segue-se a quebra de natalidade, não só por isto mas também por outras boas razões.
As soluções deverão passar por diversos eixos de atuação. Combate aos paradigmas de género, maior suporte às famílias, melhor apoio à educação das crianças e jovens, mas também pela conciliação. Ou seja, pela possibilidade de ter uma vida pessoal e uma vida familiar sem as chantagens do ambiente profissional, sempre abundante na ameaça implícita da suposta “falta de empenhamento nos objetivos da organização”.
Na realidade, as pessoas que são obrigadas a trabalhar horas, em vez de cumprirem missões e objetivos, tendem a “estar horas”, mas num presentismo que não se traduz em contributo real para a organização. É uma situação em que todos perdem. Pelo contrário, se a organização respeita e estimula o equilíbrio das três vidas obtém mais empenhamento profissional de pessoas mais saudáveis e produtivas que conseguiram, sem problemas de maior, ter o seu espaço individual e a sua contribuição familiar. É nessas dimensões em equilíbrio que se faz a pessoa que inova, que tem impulso para a ação, que procura o bem da sua organização e tem motivação para o futuro. Quando após o trabalho fica uma vida penosa e sem qualidade, também o trabalho começa a ser visto como penoso e sem motivação e a qualidade da contribuição do(a) trabalhador(a) diminui.
Em boa hora o Governo de Portugal, pela Senhora Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade Rosa Monteiro, adotou o programa “3 em Linha”, que tem conquistado muitas organizações para esta causa. Não será a solução para todos os problemas que ainda se colocam à plena dignidade e igualdade da Mulher, mas é um importante contributo. Bem hajam todos os que nesta causa se têm empenhado”.

 

Filomena Martins Cunha, Coordenadora do Comité Executivo | Capítulo Português dos WEP

“Os WEPs (Women’s Empowerment Principals) foram lançados em 2010, no Dia Internacional da Mulher, e resultam de uma iniciativa da UN Women e da UN Global Compact. A sua ação é complementar a todas as outras organizações que desenvolvem a sua atividade na construção de uma sociedade que se paute pela igualdade de género no âmbito da Agenda 2030 e do ODS 5. Os seus princípios oferecem um guia em 7 passos para o empowerment das mulheres no espaço de trabalho, no mercado empresarial e na comunidade.
Hoje, cada vez mais, empresas, governos e outras partes interessadas reconhecem que a igualdade de género é, não só uma questão de direitos humanos, mas também uma oportunidade de desenvolvimento económico e sustentabilidade. Garantindo a melhoria da qualidade de vida de mulheres e homens garantimos o desenvolvimento social das famílias, comunidades e nações.
Quando falamos da avaliação de uma organização, da análise da sua robustez e contributo para o desenvolvimento económico do país, não devemos olhar apenas para os dados financeiros, mas também para a forma como essa organização integra os princípios de igualdade de género nas suas práticas de gestão diárias e em que medida eles caracterizem a cultura, os valores, o desempenho e as práticas do negócio.
Não será possível atingir as metas da Agenda 2030 e dos seus 17 objetivos se as mulheres não estiverem em pé de igualdade com os homens no mundo empresarial.
Atualmente, mais de 1800 CEOs em todo o mundo assinaram a carta de apoio às WEPs e estão comprometidos na liderança da igualdade de género e empowerment das mulheres. As empresas portuguesas, concretamente os seus líderes de topo, têm de se envolver de forma direta na implementação de práticas de gestão que garantam a igualdade de género e a capacitação das mulheres se quiserem garantir a sua continuidade e solidez económica e assumir uma posição de referência no mercado”.


Dia Internacional da Mulher | 2019

A Global Compact Network Portugal assinala o Dia Internacional da Mulher com a emissão de um Selo Comemorativo, convidando todas as organizações a utilizar o mesmo de modo a assinalar o seu contínuo empenho na criação de um mercado de trabalho nivelado pela igualdade entre homens e mulheres, base essencial para uma sociedade mais justa e equilibrada.

Conheça, na íntegra, a Mensagem Oficial de Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal, e de Filomena Martins Cunha, Coordenadora do Comité Executivo dos WEP - o programa da UN Global Compact e da UN Women para a promoção da igualdade de género e da capacitação das mulheres.
 
 
Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal
 
“Neste Dia Internacional da Mulher permitam-me assinalar mais um passo na igualdade de oportunidades e deveres que emerge da Norma Portuguesa de Conciliação entre a Vida Profissional, Familiar e Pessoal. Ao longo de anos e desde a maior presença da mulher nas organizações, empresariais, públicas ou da economia social, vimos as exigências do trabalho invadirem a vida pessoal e familiar, em nome da competitividade, do profissionalismo, da camisola ou simplesmente da necessidade. Cada vez mais reduzidas à função de trabalhadoras, as mulheres tiveram de compatibilizar com os cuidados familiares a sua prestação laboral. Entidades houve que assumiram a supremacia da mulher na função familiar sobre a profissional e ostensivamente discriminaram mulheres, porque não pretendiam “prejudicar a sua responsabilidade familiar”. O resultado prático é que as mulheres são preteridas na contribuição intelectual, na progressão em carreiras e na participação em decisões. Na difícil decisão de quem fica fora de horas a fazer o que o diretor exige, a mulher vai para casa porque a sociedade, e muitas vezes ela mesma, acham que isso é a atitude correta. O homem fica, sacrificando-se assim pela família ao trabalhar até as 20h, após o que, cansado, vai para casa onde espera ter à sua espera uma esposa sorridente e com o jantar pronto, de que depois levantará a mesa e porá a louça na máquina, enquanto deita os filhos e pensa no dia seguinte. Como estas supermulheres escasseiam, o resultado é algum medo de viver em comum, de ter filhos e de se auto submeter a um estilo de família que não é compatível com a participação dos dois, em pé de igualdade, no mercado de trabalho. Segue-se a quebra de natalidade, não só por isto mas também por outras boas razões.
As soluções deverão passar por diversos eixos de atuação. Combate aos paradigmas de género, maior suporte às famílias, melhor apoio à educação das crianças e jovens, mas também pela conciliação. Ou seja, pela possibilidade de ter uma vida pessoal e uma vida familiar sem as chantagens do ambiente profissional, sempre abundante na ameaça implícita da suposta “falta de empenhamento nos objetivos da organização”.
Na realidade, as pessoas que são obrigadas a trabalhar horas, em vez de cumprirem missões e objetivos, tendem a “estar horas”, mas num presentismo que não se traduz em contributo real para a organização. É uma situação em que todos perdem. Pelo contrário, se a organização respeita e estimula o equilíbrio das três vidas obtém mais empenhamento profissional de pessoas mais saudáveis e produtivas que conseguiram, sem problemas de maior, ter o seu espaço individual e a sua contribuição familiar. É nessas dimensões em equilíbrio que se faz a pessoa que inova, que tem impulso para a ação, que procura o bem da sua organização e tem motivação para o futuro. Quando após o trabalho fica uma vida penosa e sem qualidade, também o trabalho começa a ser visto como penoso e sem motivação e a qualidade da contribuição do(a) trabalhador(a) diminui.
Em boa hora o Governo de Portugal, pela Senhora Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade Rosa Monteiro, adotou o programa “3 em Linha”, que tem conquistado muitas organizações para esta causa. Não será a solução para todos os problemas que ainda se colocam à plena dignidade e igualdade da Mulher, mas é um importante contributo. Bem hajam todos os que nesta causa se têm empenhado”.

 

Filomena Martins Cunha, Coordenadora do Comité Executivo | Capítulo Português dos WEP

“Os WEPs (Women’s Empowerment Principals) foram lançados em 2010, no Dia Internacional da Mulher, e resultam de uma iniciativa da UN Women e da UN Global Compact. A sua ação é complementar a todas as outras organizações que desenvolvem a sua atividade na construção de uma sociedade que se paute pela igualdade de género no âmbito da Agenda 2030 e do ODS 5. Os seus princípios oferecem um guia em 7 passos para o empowerment das mulheres no espaço de trabalho, no mercado empresarial e na comunidade.
Hoje, cada vez mais, empresas, governos e outras partes interessadas reconhecem que a igualdade de género é, não só uma questão de direitos humanos, mas também uma oportunidade de desenvolvimento económico e sustentabilidade. Garantindo a melhoria da qualidade de vida de mulheres e homens garantimos o desenvolvimento social das famílias, comunidades e nações.
Quando falamos da avaliação de uma organização, da análise da sua robustez e contributo para o desenvolvimento económico do país, não devemos olhar apenas para os dados financeiros, mas também para a forma como essa organização integra os princípios de igualdade de género nas suas práticas de gestão diárias e em que medida eles caracterizem a cultura, os valores, o desempenho e as práticas do negócio.
Não será possível atingir as metas da Agenda 2030 e dos seus 17 objetivos se as mulheres não estiverem em pé de igualdade com os homens no mundo empresarial.
Atualmente, mais de 1800 CEOs em todo o mundo assinaram a carta de apoio às WEPs e estão comprometidos na liderança da igualdade de género e empowerment das mulheres. As empresas portuguesas, concretamente os seus líderes de topo, têm de se envolver de forma direta na implementação de práticas de gestão que garantam a igualdade de género e a capacitação das mulheres se quiserem garantir a sua continuidade e solidez económica e assumir uma posição de referência no mercado”.


Executive Update | AdP - Águas de Portugal

O Grupo AdP - Águas de Portugal é membro do Board da Global Compact Network Portugal

Prosseguindo uma missão de serviço público, o Grupo AdP - Águas de Portugal está intrinsecamente comprometido com a sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento enquanto pilares fundamentais da qualidade de vida e da saúde das pessoas, do desenvolvimento das atividades económicas e da preservação do ambiente.

Sustentamos a nossa atuação num compromisso de promoção da melhoria do capital natural e humano, em benefício das populações atuais e das gerações futuras, e integramos a Sustentabilidade nos alicerces da nossa estratégia de gestão e como instrumento potenciador da criação de valor para todas as partes interessadas.

A Aguas de Portugal aderiu ao United Nations Global Compact em 2010, fazendo parte também da Global Compact Network Portugal. Este elevado compromisso reafirma a sustentabilidade como parte do nosso ADN, sendo ainda de relevar, neste âmbito, as políticas sociais que desenvolvemos, em alinhamento com os compromissos assumidos com os princípios do UN Global Compact e com os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.

Em 2019 aderimos à Campanha Portuguesa Anticorrupção, sendo os compromissos subscritos por todas as empresas do Grupo AdP reforçando o compromisso que já assumíamos anteriormente de combate à corrupção e o empenho em desenvolver e adotar estratégias de promoção da integridade e do desenvolvimento sustentável e a criação de uma sociedade mais justa e equilibrada.

Tendo em conta as especificidades do setor das águas, requerendo avultados investimentos com prazos longos de retorno, tem sido uma preocupação constante do Grupo AdP garantir o equilíbrio o económico-financeiro necessário à sustentabilidade das operações atuais e de futuro.

As nossas empresas desenvolvem uma gestão sustentável dos recursos, promovendo uma operação mais eficiente e visando garantir uma melhor qualidade do serviço prestado, a melhores tarifas para a comunidade, e antecipando os novos desafios, em especial os decorrentes das alterações climáticas.

Estamos conscientes dos impactes inerentes às operações que desenvolvemos, pelo que integramos nas respetivas cadeias de valor os pressupostos da economia circular, visando otimizar o uso de recursos e minimizar as emissões residuais através de uma aposta forte na inovação e do recurso às melhores tecnologias disponíveis, da exploração do potencial das infraestruturas e da gestão dos subprodutos dos seus processos produtivos.

Destacamos aqui, por exemplo, as intervenções em sistemas de abastecimento de água situados em zonas de elevada escassez para aumento da sua capacidade, resiliência e operacionalidade, a produção de água para reutilização (ApR) e ainda o investimento em ações de sensibilização para o uso eficiente da água.

No que respeita à integração do modelo sustentável de economia circular, podemos também referir a valorização de subprodutos gerados pelo tratamento de águas residuais, nomeadamente a valorização de lamas de ETA e de ETAR, a reciclagem de nutrientes presentes nas águas residuais e a produção de energia de fonte renovável, entre outras intervenções.

Em 2019, reafirmámos o nosso compromisso de sustentabilidade através da subscrição da carta “Business Ambition for 1.5ºC” da United Nations Global Compact, visando reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e contribuir para a sustentabilidade do planeta.

Foi, por isso, com grande sentido de responsabilidade e num quadro de transparência que recebemos o convite para participar na edição promovida pela UN Global Compact Portugal no âmbito da cimeira da UN Global Compact de 2020, integrando o painel sobre energias limpas, onde detalhámos o empenho do Grupo AdP na transição para uma economia de baixo carbono.

Neste âmbito, destacámos a enorme relevância de uma gestão eficiente da energia no contexto das atividades de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais, que são altamente consumidoras de energia, dando exemplos de redução de consumos e de produção de energia de fonte renovável e com base nos recursos endógenos das empresas do Grupo AdP.

 

Global Compact Network Portugal associa-se à ESG WEEK 2022

A Global Compact Network Portugal associa-se à ESG WEEK 2022, que decorrerá, entre 16 e 20 de maio, na Atmosfera M, Rua Castilho, 5, em Lisboa.

A ESG WEEK 2022 é uma iniciativa da APEE - Associação Portuguesa de Ética Empresarial, que promove o debate dos grandes temas da Sustentabilidade, enquadrados no domínio ESG – Environmental, Social, Governance - contando com o Banco Montepio, enquanto main sponsor, e os parceiros ISO - International Standard Organization  e Instituto Português da Qualidade.

Sustainable Finance (ou Finanças Sustentáveis) assume hoje um papel fundamental na concretização dos objetivos inerentes ao Pacto Ecológico Europeu, bem como dos compromissos internacionais da UE em matéria de clima e sustentabilidade, nomeadamente no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Neste contexto de transição para uma economia neutra em carbono, resiliente às alterações climáticas, justa, eficiente na utilização de recursos e assente na circularidade, a integração de indicadores ESG (Environmental, Social and Governance) é determinante para a tomada de decisões de investimento a longo prazo, que construam um futuro sustentável.

>>> INSCRIÇÕES <<<

Junte-se a nós ao longo de 16 conferências, com especialistas nacionais e internacionais, lideres empresariais, representantes da academia, da administração pública e da sociedade civil, num amplo debate sobre os grandes temas da sustentabilidade enquadrados nos domínios ESG.

Na mesma semana, reservada a membros, decorrrerá, em simultâneo, na sede do Banco Montepio, a 5ª Reunião Plenária do ISO TC/322 - Sustainable Finance, a qual reúne em Lisboa experts internacionais oriundos de dezenas de países, que estão, a par de Portugal, a participar na elaboração da futura Norma Internacional de Finanças Sustentáveis.

 

Visite o website ESG Portugal: https://esgportugal.pt/

Inscreva-se já!

A iniciativa decorrerá presencialmente, podendo optar por marcar presença na Atmosfera M (Lisboa) ou assistir à ESG Week através da transmissão streaming.

 #ESGWEEK2022 | #ESGPortugal | #APEEevents

Indicadores ODS para Portugal

O INE publicou uma infografia sobre os indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para Portugal.

No portal do INE são apresentados os indicadores disponíveis para Portugal, decorrentes do quadro global de indicadores adotado pelas Nações Unidas para acompanhar os progressos realizados no âmbito dos ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Os indicadores são maioritariamente produzidos ou divulgados no contexto do Sistema Estatístico Nacional, permitindo uma leitura estatística do desempenho nacional em relação aos ODS, desde 2010 até ao ano mais recente disponível.

É apresentada uma análise sintética do comportamento de cada indicador no período de referência, abrangendo os 17 ODS e, sempre que disponível e relevante, incluindo dados com desagregação geográfica a nível III da NUTS e a nível de município. São também divulgadas notas de enquadramento sobre a Agenda 2030 e sobre o ponto de situação em Portugal, relativamente ao plano e acompanhamento nacionais da implementação dos ODS.

 

Mário Parra da Silva, Network Representative da UN Global Compact - Network Portugal, apresentou hoje a Aliança ODS Portugal na Sede da ONU, em Nova Iorque

Decorre em Nova Iorque o High-Level Political Forum 2017, a plataforma das Nações Unidas para a revisão da Agenda 2030, aprovada em setembro de 2015 por 193 Estados-Membro e que estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para transformar o mundo até 2030.

Em Portugal, a agência das Nações Unidas Global Compact Network Portugal foi mandatada para organizar a contribuição do Setor Empresarial para a concretização da Agenda 2030, tendo criado a 20 de janeiro de 2016 a Aliança ODS Portugal, que congrega empresas, confederações empresariais, administração central e local, institutos públicos, universidades, fundações e demais entidades da economia social, sindicatos, ONGDs e organizações ambientais que, em conjunto, representam o empenho da sociedade portuguesa no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Hoje, a Aliança ODS Portugal foi apresentada na sede da ONU, em Nova Iorque, por Mário Parra da Silva, Network Representative da United Nations Global Compact Network Portugal e Presidente da Aliança ODS Portugal, após uma seleção por parte da ONU de projetos de todo o mundo, que contribuem ativamente para a concretização da Agenda 2030.

A apresentação da Aliança ODS Portugal decorre no âmbito da conferência Partnership Exchange, dedicada ao ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestruturas e ao ODS 17 – Parcerias para a Implementação dos Objetivos, com moderação de Shamshad Akhtar, Subsecretária-geral das Nações Unidas, e transmissão em direto pela UN Web TV, entre as 17h e as 18h (hora de Portugal).

Amanhã, dia 18 de julho, Mário Parra da Silva integra, em representação da sociedade civil portuguesa, a Comitiva do Governo Português para a apresentação do 1.º Relatório Nacional Voluntário sobre a Implementação dos ODS em Portugal. Apenas 44 dos 193 Estados-membro que ratificaram a Agenda 2030 da ONU estarão em Nova Iorque para apresentar este primeiro relatório, sendo que Portugal é um dos poucos países europeus a fazê-lo. Trata-se, por isso, de um importante momento para Portugal, que assume perante o mundo o seu forte compromisso com a Agenda 2030, estabelecendo seis grandes prioridades: ODS 4 – Educação de Qualidade | ODS 5 – Igualdade de Género | ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestruturas | ODS 10 – Reduzir as Desigualdades | ODS 13 – Ação Climática | ODS 14 – Proteger a Vida Marinha.

As intervenções de Teresa Ribeiro, Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, e Mário Parra da Silva, Network Representative da UN GCNP e Presidente da Aliança ODS Portugal, decorrerem entre as 20h e as 23h (Hora de Portugal).
 
Veja o vídeo aqui!

ONU | Líderes empresariais chamados a combater alterações climáticas

Pelos melhores e pelos piores motivos, as alterações climáticas são um dos grandes temas da atualidade. E se é certo que o planeta está a enfrentar desafios sem precedentes, também é completamente claro que nunca tivemos tantos meios, tanto conhecimento e tantas ferramentas para lidar com as consequências – para as pessoas, para a economia e para o ambiente – do aquecimento global.

De acordo com o mais recente estudo do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é necessário travar o sobreaquecimento global, evitando que este seja superior a 1.5ºC. Promover a utilização de fontes mais limpas e diminuir a emissão de gases com efeito de estufa são duas ações fundamentais para que esta meta seja alcançada.
 
Lançando uma campanha subscrita pelos principais dirigentes de alguns dos seus organismos, a Organização das Nações Unidas apela aos líderes empresariais para que estes tomem medidas urgentes que ajudem a combater as alterações climáticas e a evitar o sobreaquecimento global. O empenho das empresas é fundamental, sendo claro o impacte que estas têm na sociedade e no ambiente.
 
Neste sentido, e dirigindo-se à comunidade empresarial, António Guterres desafia os “líderes visionários” a estarem presentes no UN Climate Action Summit 2019, que se vai realizar no dia 23 de setembro deste ano, incentivando-os a apresentarem planos concretos e realistas que ajudem a reduzir para 45%, em 2020, e a eliminar totalmente, em 2050, a emissão de gases com efeito de estufa.
 
Para que sejam efetivos e credíveis, os planos apresentados não podem procurar apenas o corte das emissões de CO2 e outros gases poluentes. Os mesmos devem estimular uma verdadeira transformação da economia que, estando em linha com a Agenda 2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, combata os impactes negativos das alterações climáticas mas também procure criar novas e justas oportunidades de negócio para as empresas, incluindo as mulheres na tomada de decisão das organizações e na definição do rumo da sociedade.
 
É necessário apostar na inovação tecnológica e na eficiência energética e é fundamental pôr fim aos subsídios e aos apoios à utilização de combustíveis fósseis e poluentes, substituindo-os pelo apoio à utilização de energias renováveis e acessíveis, ou seja, que não prejudiquem o ambiente nem afetem negativamente o poder de compra e a qualidade de vida dos cidadãos.
 
Esta pode ser uma viagem longa mas a humanidade está preparada para a fazer. E o primeiro passo deve ser dado pelos líderes empresariais. 
 
 
   + info:

Organizações portuguesas assinam Call to Action Anticorrupção

Campanha Anticorrupção da APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial e da GCNP – Global Compact Network Portugal acolhida, com sucesso, pelas organizações portuguesas.
 
Na Cerimónia de Lançamento desta iniciativa, que decorreu no passado dia 18 de setembro, no Museu do Oriente, em Lisboa, as organizações portuguesas revelaram o seu interesse e empenho em desenvolver e adotar estratégias de promoção da integridade, promovendo o desenvolvimento sustentável e a criação de uma sociedade mais justa e equilibrada.
 
 
O evento teve como intervenientes Carlos Monjardino, em representação da Fundação Oriente, Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal e Anabela Vaz Ribeiro, Executive Director da rede portuguesa do UN Global Compact.
 

Guilherme d’Oliveira Martins protagonizou uma reflexão sobre o ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes e sublinhou a importância da temática no contexto atual.
 
Esta Campanha surge em resposta à Call to Action Anticorrupção, lançada pelo United Nations Global Compact, que incentiva o setor privado a promover a tomada de medidas de transparência, integridade e boa governação por parte dos Governos, promovendo, assim, a adoção do seu Princípio 10, de acordo com o qual “as organizações devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno”.

A corrupção é um dos maiores desafios a nível mundial e assume-se como um forte obstáculo ao desenvolvimento sustentável, tendo um impacte negativo em toda a sociedade. O seu combate é uma das prioridades da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estando expressamente identificado no ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

Como os efeitos negativos da corrupção são visíveis em áreas tão cruciais como o ambiente, a saúde e a educação, a Campanha Portuguesa Anticorrupção pretende estender-se a toda a sociedade, estimulando o debate e a mobilização de todos, incluindo organizações com e sem fins lucrativos, academia, fundações e cidadãos em geral.
 
Para além da EDP, representada no evento por António Castro, Diretor Geral de Sustentabilidade e Risco da EDP, que apresentou boas práticas de governação da sua organização, são já signatárias da Carta o Ceiia e a Siemens.
 
 
A Cerimónia de Lançamento da Campanha Portuguesa Anticorrupção contou com a adesão à iniciativa de novas organizações:
  • ACEESA – Associação Centro de Estudos de Economia Solidária do Atlântico
  • AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA
  • APB – Associação Portuguesa de Bancos
  • Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Vouga C.R.L.
  • EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.
  • Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos
  • ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
  • Ordem dos Cidadãos
  • Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A.
  • Pikikos
  • Servimetro – Serviços de Meteorologia, S.A.
  • Tabaqueira
A Campanha irá decorrer até ao dia 9 de dezembro de 2019, declarado pela ONU como o Dia Internacional Contra a Corrupção. Até lá, as organizações portuguesas são convidadas a assinar a carta de resposta à Call to Action Anticorrupção, comprometendo-se, então, a sensibilizar o Governo para o combate à Corrupção e a promover a Integridade, a Ética e a Transparência junto dos seus stakeholders e da sociedade em geral.
 
+ info: Portal APEE

Organizações portuguesas assinam Call to Action Anticorrupção

Campanha Anticorrupção da APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial e da GCNP – Global Compact Network Portugal acolhida, com sucesso, pelas organizações portuguesas.
 
Na Cerimónia de Lançamento desta iniciativa, que decorreu no passado dia 18 de setembro, no Museu do Oriente, em Lisboa, as organizações portuguesas revelaram o seu interesse e empenho em desenvolver e adotar estratégias de promoção da integridade, promovendo o desenvolvimento sustentável e a criação de uma sociedade mais justa e equilibrada.
 
 
O evento teve como intervenientes Carlos Monjardino, em representação da Fundação Oriente, Mário Parra da Silva, Chair of the Board da Global Compact Network Portugal e Anabela Vaz Ribeiro, Executive Director da rede portuguesa do UN Global Compact.
 

Guilherme d’Oliveira Martins protagonizou uma reflexão sobre o ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes e sublinhou a importância da temática no contexto atual.
 
Esta Campanha surge em resposta à Call to Action Anticorrupção, lançada pelo United Nations Global Compact, que incentiva o setor privado a promover a tomada de medidas de transparência, integridade e boa governação por parte dos Governos, promovendo, assim, a adoção do seu Princípio 10, de acordo com o qual “as organizações devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno”.

A corrupção é um dos maiores desafios a nível mundial e assume-se como um forte obstáculo ao desenvolvimento sustentável, tendo um impacte negativo em toda a sociedade. O seu combate é uma das prioridades da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estando expressamente identificado no ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

Como os efeitos negativos da corrupção são visíveis em áreas tão cruciais como o ambiente, a saúde e a educação, a Campanha Portuguesa Anticorrupção pretende estender-se a toda a sociedade, estimulando o debate e a mobilização de todos, incluindo organizações com e sem fins lucrativos, academia, fundações e cidadãos em geral.
 
Para além da EDP, representada no evento por António Castro, Diretor Geral de Sustentabilidade e Risco da EDP, que apresentou boas práticas de governação da sua organização, são já signatárias da Carta o Ceiia e a Siemens.
 
 
A Cerimónia de Lançamento da Campanha Portuguesa Anticorrupção contou com a adesão à iniciativa de novas organizações:
  • ACEESA – Associação Centro de Estudos de Economia Solidária do Atlântico
  • AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA
  • APB – Associação Portuguesa de Bancos
  • Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Vouga C.R.L.
  • EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.
  • Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos
  • ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
  • Ordem dos Cidadãos
  • Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A.
  • Pikikos
  • Servimetro – Serviços de Meteorologia, S.A.
  • Tabaqueira
A Campanha irá decorrer até ao dia 9 de dezembro de 2019, declarado pela ONU como o Dia Internacional Contra a Corrupção. Até lá, as organizações portuguesas são convidadas a assinar a carta de resposta à Call to Action Anticorrupção, comprometendo-se, então, a sensibilizar o Governo para o combate à Corrupção e a promover a Integridade, a Ética e a Transparência junto dos seus stakeholders e da sociedade em geral.
 
+ info: Portal APEE

Organizações Portuguesas mobilizam-se pela Integridade

66 Organizações portuguesas subscrevem a Call to Action Anticorrupção e aderem à Campanha Anticorrupção da APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial e da GCNP – Global Compact Network Portugal.

A Campanha, lançada no dia 18 de setembro último, surge em resposta à Call to Action Anticorrupção, lançada pelo United Nations Global Compact, que incentiva o setor privado a promover a tomada de medidas de transparência, integridade e boa governação por parte dos Governos, promovendo, assim, a adoção do seu Princípio 10, de acordo com o qual “as organizações devem combater a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno”.

objetivo de que estas promovam a integridade e boa governação junto dos Governos mas também junto dos seus stakeholders, numa iniciativa que pretende chegar a toda a sociedade portuguesa.

No evento de celebração do Dia Internacional Contra a Corrupção, que decorreu a 9 de dezembro na sede da AdP – Águas de Portugal, em Lisboa, foram apresentados os próximos passos a dar: a criação da PPI – Plataforma Para a Integridade, na qual irá ser definida uma estratégia de combate à corrupção, em Portugal, em articulação com o UN Global Compact, a qual irá contar, de forma voluntária, com as organizações signatárias da Call to Action Anticorrupção.

 

À EDP, Siemens e Ceiia, pioneiros da iniciativa, juntam-se agora 66 outras organizações portuguesas:
  • ABAE - Associação Bandeira Azul da Europa
  • ACEESA – Associação Centro de Estudos de Economia Solidária do Atlântico
  • AEPSA - Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente
  • Águas de Portugal, SGPS, SA
  • Águas da Região de Aveiro
  • Águas de Portugal Energias
  • Águas de Portugal Internacional
  • Águas de Portugal Serviços Ambientais
  • Águas de Santo André
  • Águas do Algarve
  • Águas do Alto Minho
  • Águas do Centro Litoral
  • Águas do Douro e Paiva
  • Águas do Norte
  • Águas do Tejo Atlântico
  • Águas Públicas do Alentejo
  • APB – Associação Portuguesa de Bancos
  • APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação
  • Baía do Tejo
  • Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Baixo Vouga C.R.L.
  • Câmara Municipal de Loures
  • CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
  • Circuito do Estoril
  • CNE - Corpo Nacional de Escutas
  • Companhia das Lezírias
  • Dima – Equipamentos Industriais
  • EcoGestus
  • Efacec
  • EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.
  • Everis Portugal
  • Ferconsult - Consultoria, Estudos e Projectos de Engenharia de Transportes, S.A.
  • Florestgal
  • Fundação Oriente
  • Fundiestamo
  • Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos
  • HFA - Henrique Fernando e Alves S.A.
  • IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.
  • Indaqua – Indústria e Gestão de Água
  • INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda
  • Infraestruturas de Portugal
  • Instituto de Informática, I.P.
  • Instituto Politécnico de Setúbal
  • ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
  • Junta de Freguesia de São Domingos de Rana
  • Junta de Freguesia de São Miguel de Poiares
  • Litoral Wines
  • L’Oréal Portugal
  • Metropolitano de Lisboa, E.P.E.
  • Montepio Geral - Associação Mutualista
  • Ordem dos Cidadãos
  • Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A.
  • Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva
  • Pikikos
  • Powerful Screen
  • RF - Imobiliária
  • Sagesecur
  • Securitas
  • Servimetro – Serviços de Meteorologia, S.A.
  • SIMAB – Sociedade Instaladora Mercados Abastecedores
  • SIMARSUL
  • SIMDOURO
  • Tabaqueira
  • TAP SGPS
  • Tobor - Acessórios para a Indústria
  • Universidade Católica Portuguesa
  • Vitality Cap

 

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